Câmbio: Bancos fecharam outubro vendidos em US$ 12,9 bilhões à vista, diz BC

Os bancos fecharam outubro com posição vendida no câmbio à vista de US$ 12,974 bilhões, informou o Banco Central nesta quarta-feira (9).

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No fim de setembro, essa posição do câmbio estava vendida em US$ 12,750 bilhões.

As instituições financeiras atuam como contrapartes em operações cambiais. Assim, quando há remessas de moeda estrangeira ao exterior, elas fornecem dólares a empresas e fundos, por exemplo, para envio. Neste caso, a “posição vendida” das instituições tende a aumentar.

Em movimento contrário, quando há entrada de recursos no Brasil, as instituições financeiras recebem os dólares, o que reduz a “posição vendida” ou eleva a “posição comprada”.

A posição dos bancos no mercado à vista também é alterada sempre que o BC realiza leilões de dólares. Assim, quando o BC vende moeda aos bancos, a posição vendida à vista tende a diminuir.

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Câmbio mostra apreciação do dólar no intradia

O dólar opera em alta nesta quarta-feira (9) em meio cautela internacionais e com o risco fiscal na transição de governo no País. A moeda americana sobe 0,25% a R$ 5,187, próxima dos R$ 5,20 estimados pelo Boletim Focus do BC.

Os investidores mantêm uma postura mais defensiva diante de preocupações fiscais em meio à transição de governo e também pela valorização do dólar no exterior ante pares principais e várias divisas emergentes e ligadas a commodities.

Lá fora, pesam no sentimento de risco os dados mais fracos que o esperado de inflação ao consumidor e ao produtor na China em outubro, refletindo desaceleração da economia em meio à política de covid zero no país. Com isso, o petróleo recua nesta manhã por incertezas sobre a demanda global.

Na transição, o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, tem hoje em Brasília encontros com os presidentes da Câmara, Senado, Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Ontem à noite, após uma reunião no Congresso com o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, o presidente da Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Celso Sabino (União-PA), afirmou que uma alternativa discutida pela equipe de transição é “excepcionalizar” todo Auxílio Brasil do teto de gastos – a regra que limita o crescimento das despesas do governo à variação da inflação.

E o relator-geral do Orçamento de 2023, senador Marcelo Castro (MDB-PI), informou que a reunião marcada anteriormente para hoje com Alckmin para a apresentação da PEC da transição foi cancelada, pois o vice-presidente quer levar primeiro a proposta para Lula.

Ainda no radar do câmbio, na agenda econômica, as vendas do comércio varejista subiram 1,1% em setembro ante agosto, na série com ajuste sazonal, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado veio acima da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, positiva em 0,2%, e perto do teto do intervalo das previsões, de alta de 1,4%. O piso era baixa de 0,8%.

Com Estadão Conteúdo

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Eduardo Vargas

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