Grana na conta

Com clima de otimismo nos EUA, dólar sobe forte durante o dia, mas ameniza alta e fecha em R$ 5,23

O dólar encerrou as negociações desta sexta-feira (0) em alta de 0,40% frente ao real, cotado a R$ 5,2363 na venda. Em sua máxima durante o dia, a moeda norte-americana chegou a subir 1,15%, a R$ 5,2755.

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Parte da alta do dólar acompanha o clima de otimismo do exterior, após a divulgação dos dados do payroll, o relatório de emprego nos EUA. Outra parcela do movimento de avanço ocorreu por causa da percepção dos riscos fiscais e políticos do cenário interno.

O Departamento de Trabalho americano divulgou nesta sexta que, em julho, houve criação de 943 mil vagas de emprego nos EUA, ante previsão de 900 mil postos de trabalho. O número de junho passou por revisão e subiu de 850 mil a 938 mil.

Apostas no Fed

A indicação de melhora do mercado de trabalho fez os investidores aumentarem suas apostas de que o Federal Reserve (Fed) pode antecipar o fim dos estímulos à economia ainda neste ano. De acordo com os últimos comunicados, a redução da compra de títulos nos Estados Unidos pode vir antes de um aumento dos juros.

De qualquer forma, o mercado financeiro já prevê essa elevação no custo dos empréstimos. Com isso, o dólar sobe frente ao real e outras moedas emergentes, já que o aumento dos juros tende a fortalecer a moeda norte-americana.

A moeda brasileira também perde valor frente ao dólar nesta sexta com a tensão política e o risco fiscal no radar.

Após o anúncio de um novo Refis na última quinta (5), que levaria à queda de arrecadação de receita pelo governo federal com um programa de descontos fiscais, o ministro Paulo Guedes voltou ao noticiário nesta sexta dizendo que o projeto sofrerá vetos no Planalto. As declarações foram dadas em off.

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A crise institucional entre a Presidência e o Judiciário também cresce. Na noite de quinta (5), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, anunciou o cancelamento da reunião que haveria entre os chefes de poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

Em justificativa, o ministro disse que o presidente tem “reiterado ofensas e ataques de inverdades’ ao Supremo, em referência as suspeitas de Bolsonaro sobre a urna eletrônica e as eleições federais, sem apresentar provas.

Às 15h10 o dólar subia com força lá fora (DXY +0,59%) e aqui a moeda acompanhou (+0,44%, a R$ 5,2383).

Notícias que movimentaram o dólar hoje

Algumas notícias importantes que influenciaram o pregão:

  • Payroll mostra criação de 943 mil vagas nos EUA em julho, acima do esperado;
  • Anbima prevê dólar no fim de 2021 a R$ 5,00;
  • Pacheco pressiona Fux a retomar diálogo com Bolsonaro.

Payroll mostra criação de 943 mil vagas nos EUA em julho, acima do esperado

A economia dos EUA criou 943 mil empregos não-agrícolas em junho, segundo o relatório Payroll do Departamento de Trabalho desta sexta-feira (6). A previsão dos economistas era uma adição de 870 mil empregos no período, de modos que os números vieram acima do esperado.

Com isso, a taxa de desemprego ficou em 5,4% em julho, com queda expressiva frente junho (5,9%). Os analistas esperavam uma taxa de 5,7%.

Após a divulgação dos dados, o dólar ganhou força globalmente e colocou mais pressão no mercado interno. A moeda norte-americana subiu às máximas do dia (1,15%) contra o real, a R$ 5,27.

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Anbima prevê dólar no fim de 2021 a R$ 5,00

Pela segunda vez seguida, a Anbima reduziu sua projeção para a cotação do dólar ao fim de 2021, passando de R$ 5,20 para R$ 5,00.

A projeção para a atividade econômica no segundo trimestre passou de estabilidade (0%), para avanço de 0,15%. Para o terceiro e quarto trimestres, manteve-se as expectativas de crescimento de 0,6% e de 0,5%, respectivamente.

Nesta sexta-feira (06), por volta das 14h15, o dólar tinha uma leve alta de 0,21%, negociado a R$ 5,22.

Pacheco pressiona Fux a retomar diálogo com Bolsonaro

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), defendeu nesta sexta-feira (06) que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, retome o diálogo com Jair Bolsonaro. Para ele, é preciso “apaziguar os ânimos”, “sentar à mesa” e “buscar uma solução” em meio aos ataques do presidente aos ministros do STF.

Na quinta, o presidente do STF cancelou a reunião que estava marcada entre os chefes dos Poderes depois de ataques de Bolsonaro aos magistrados. Os comentários do senador ajudaram a amenizar o clima tenso no campo político, na percepção de alguns agentes do mercado.

Fechamento do câmbio hoje

Além do dólar comercial, confira a cotação das principais moedas hoje:

  • Dólar turismo: +0,50%, a R$ 5,410
  • Peso argentino: +0,30, a R$ 0,054
  • Euro: -0,26%, a R$ 6,157
  • Libra: + 0,10%, a R$ 7,266
  • Bitcoin: +6,41%, a R$ 224.865,25

Cotação do dólar no dia anterior

Na última sessão, quinta-feira (5), o dólar encerrou o pregão em alta de 0,57%, a R$ 5,2156.

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Com informações do Estadão Conteúdo. 

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Monique Lima

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