Dólar fecha em alta após acordo provisório na guerra comercial

O dólar encerrou, nesta quinta-feira (7), em alta de +0,287% sendo vendido a R$ 4,0935.

O dólar subiu devido a vários fatores. O principal deles, o Ministério do Comércio da China comunicou que o país asiático e os EUA concordaram em cancelar em fases as tarifas adotadas durante sua guerra comercial.

Além disso, contribuíram para o resultado desta quinta do dólar:

  • Petrobras protagoniza novo leilão do pré-sal realizado nesta quinta;
  • Petrobras diz que desenvolverá Búzios e Itapu sem comprometer capital.

Guerra comercial

O Ministério do Comércio da China comunicou, nesta quinta-feira (7), que o país asiático e os EUA concordaram em cancelar em fases as tarifas adotadas durante sua guerra comercial. Apesar do comunicado, o Ministério não especificou um cronograma.

Saiba mais: Guerra comercial: China e EUA concordam em acordo próvisório

O planejamento é de que um acordo provisório sobre a guerra comercial entre EUA e China possa incluir uma promessa dos norte-americanos de retirar as tarifas que devem entrar em vigor em 15 de dezembro em cerca de US$ 156 bilhões em importações chinesas, que incluem :

  • celulares;
  • laptops;
  • brinquedos.

De acordo com o porta-voz do ministério chinês, Gao Feng, o cancelamento das tarifas era uma condição importante para qualquer acordo. Além disso, Gao afirmou que ambos deveriam cancelar simultaneamente algumas tarifas para que se alcance a “fase um” de um acordo comercial.

Leilão do pré-sal

Após o leilão da última quarta (6), em que apenas a Petrobras fez arremates, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realizou uma nova licitação de blocos do pré-sal na Bacia de Santos. Cinco áreas foram ofertadas, porém apenas uma foi vendida. Mais uma vez a Petrobras foi a responsável pelo arremate. O bloco adquirido foi o de Aram. O negócio foi feito junto a chinesa CNODC, com lance único. O Governo Federal esperava arrecadar R$ 7,85 bilhões, entretanto apenas R$ 5,05 bilhões foram arrecadados no leilão desta quinta.

Saiba mais: Petrobras protagoniza novo leilão do pré-sal realizado nesta quinta

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou que “as áreas que não foram arrematadas continuam aí, eu acredito que em um futuro, que nós esperamos que seja próximo, essas áreas voltem a ser licitadas”. Membros do governo anunciaram que irão afrouxar as regras dos leilões para poder atrair as empresas estrangeiras para que não ocorra leilões sem concorrência, como os que aconteceram recentemente, em que apenas a Petrobras se destacou. Exemplos de empresas que o governo busca atrair são:

  • ExxonMobil
  • Shell
  • BP
  • Chevron

“Nós inclusive já apresentamos ao Congresso Nacional algumas informações de que é o nosso entendimento de que a gente pode melhorar esse regime de exploração do petróleo no Brasil“, disse Albuquerque.

Petrobras

O presidente da Petrobras (PETR4), Roberto Castello Branco, afirmou nesta quinta que a empresa possui condições para pagar R$ 62 bilhões do bônus de assinatura do leilão da cessão onerosa e desenvolver os campos de Búzios e Itapu “sem comprometer sua disciplina de capital a curto e longo prazo”. Além disso, o executivo afirmou que a companhia irá usar sobra de caixa e o crédito de R$ 34,1 bilhões, que tem para receber do governo, para pagar os blocos no dia 27 de dezembro.

Saiba mais: Petrobras diz que desenvolverá Búzios e Itapu sem comprometer capital

A Petrobras protagonizou os leilões de petróleo realizados em dois dias dessa semana. A empresa arrematou dois blocos no leilão da última quarta-feira (7), além de um nesta quinta. Nos dois dias, a presença de empresas estrangeiras foi menor do que o esperado.

Entretanto, o presidente da petroleira brasileira afirmou que, na última semana, a diretora financeira da estatal, Andrea Almeida, já havia autorizado a empresa a seguir sozinha no leilão da cessão onerosa. “Nós não desistimos de nenhum parceiro, eles que desistiram de nós”, disse Castello Branco.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quarta-feira (6), o dólar encerrou o pregão em alta de 2,219%, vendido a R$ 4,0818.

Rafael Lara

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