Dólar tem alta puxado pelo tom pessimista do mercado internacional

O dólar tem alta na manhã desta sexta-feira (18), acompanhando o tom pessimista do mercado internacional após os dados de inflação na Europa.

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Além disso, outros assuntos movimentam o dólar hoje, que às 11h50 estava apresentando uma alta de 0,56%, com a moeda negociada a R$ 5,03.

Confira os assuntos que movimentam o dólar:

  • Inflação acima do esperado na zona do euro;
  • Preocupação do mercado com a retirada de estímulos do Fed
  • MP da Eletrobras (ELET3) aprovada mas não como governo queria

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Energia pressiona inflação na zona do euro em maio

A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, informou que a inflação nos 19 países que usam o euro subiu 0,3% em relação ao mês anterior, e 2,0% na comparação anual.

De acordo com a Eurostat, uma forte alta nos preços da energia e serviços mais caros elevaram a inflação ao consumidor na zona do euro em maio, acima do esperado. Os preços da energia contribuíram com 1,9 ponto percentual para o dado anual e serviços com 0,45 ponto. Alimentos, álcool e tabaco acrescentaram 0,15 ponto.

Na análise da economista do banco Ourinvest, Cristiane Quartaroli, esses dados influenciaram negativamente o mercado internacional.

“O mercado internacional está com um tom mais pessimista por conta de dados de inflação que vieram acima do esperado na Europa”.

Mercado teme retirada de estímulos do Fed

O mercado teme a retirada de estímulos monetários do Banco Central dos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed), que havia se intensificado durante a pandemia. De acordo com o presidente do Fed, Jerome Powell, há risco de que a inflação supere as projeções da instituição.

Nesta semana, o Fed decidiu manter a taxa de juros referencial no intervalo entre 0% e 0,25%, uma decisão já aguardada.  O interessante foi a previsão da autoridade monetária central norte-americana de um aumento da taxa de juros até o fim de 2023, antes do previsto.

Powell afirmou que está na hora de começar a ‘falar sobre falar’ de subir taxa de juros e reduzir os estímulos à economia.

“Permanece uma preocupação entre os investidores de que o Fed poderá começar a tirar os estímulos monetários mais cedo do que se imaginava”, informou a economista.

MP da privatização da Eletrobras

O Senado aprovou ontem  o texto-base da Medida Provisória (MP) que abre caminho para a privatização da Eletrobras. Foram 42 votos a favor e 37 contra. Com isso, agora os senadores vão analisar dois destaques que podem modificar o teor final da proposta, antes que ela volte para a Câmara dos Deputados, onde a Casa terá até a próxima terça-feira (22) para avaliar a matéria antes que ela perca a validade.

Havia uma articulação entre os senadores para votar a favor desse texto, mas o governo passou as últimas horas em articulações com os senadores para buscar apoio ao texto do relator que não apenas mantém as emendas da Câmara como inclui outras do Senado.

Apesar do discurso de buscar um texto de “convergência”, Marcos Rogério não conseguiu construir um texto de consenso e o governo precisou conceder benefícios para diversas bancadas para garantir apoio à proposta, que pode ser a primeira privatização aprovada pelo Congresso durante a gestão atual.

“No Brasil destaque para aprovação da MP da Eletrobras no Senado, contudo o texto aprovado não vai em linha com alguns pontos que a ala governista gostaria, ou seja, sinalizam enfraquecimento do governo, além de ter possíveis impactos ruins no quesito preço ao consumidor”, concluiu.

Última cotação do dólar

Na última sessão, quinta-feira, o dólar encerrou o pregão em queda de 0,74%, negociado a R$ 5,02.

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Poliana Santos

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