Dinheiro esquecido: cerca de 6,9 milhões de brasileiros resgatam R$ 228,1 milhões

Nos três primeiros dias de saques do “dinheiro esquecido” no sistema financeiro, cerca de 6,9 milhões de pessoas pediram o resgate de R$ 228,1 milhões. Os dados são de um levantamento do Sistema de Valores a Receber (SVR), do Banco Central (BC), até as 17h de quinta (9).

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Segundo o Banco Central, o maior valor resgatado na quinta por uma pessoa física correspondeu a R$ 306,1 mil. Em relação a pessoas jurídicas, a maior quantia resgatada chegou a R$ 54,5 mil. Desde o início do programa, o maior resgate individual ocorreu na quarta (8), quando uma pessoa física retirou R$ 749,5 mil esquecidos.

O número de contribuintes que pediram o resgate de valores correspondentes a pessoas falecidas desde o início do programa soma 991,8 mil. Somente na quinta, 116,6 mil herdeiros ou testamentários sacaram dinheiro.

Diferentemente do primeiro dia de resgates do Sistema de Valores a Receber, o BC informou que não houve fila virtual na quinta. Na terça (7), a espera média na fila virtual chegou a duas horas durante a manhã. Ao longo da tarde, o tempo de espera caiu rapidamente até ser zerado por volta das 17h15 do mesmo dia.

De acordo com a autoridade monetária, o SVR permanecerá aberto para todos, sem interrupções programadas, para que cada um possa recuperar dinheiro esquecido no sistema financeiro. “Independentemente do montante, o recurso pertence ao cidadão e deve a ele ser devolvido”, destacou o órgão.

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Reabertura do SVR

Com a possibilidade de verificação de valores de pessoas falecidas, o Sistema de Valores a Receber (SVR) reabriu na terça, após 11 meses fechado. Desde as 10h, os usuários podem agendar o recebimento dos recursos no site valoresareceber.bcb.gov.br.

As consultas foram reabertas em 28 de fevereiro. Conforme o balanço mais recente do BC, até esta quarta-feira (8), 77,6 milhões de consultas haviam sido feitas. Desse total, 36,7 milhões (47%) apontaram quantias a receber e 40,8 milhões (53%) não encontraram valores esquecidos.

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Segundo o BC, cerca de 38 milhões de pessoas físicas e dois milhões de pessoas jurídicas têm cerca de R$ 6 bilhões a receber. Para sacar o dinheiro esquecido de pessoas físicas ou de falecidos, o usuário precisa ter conta no Portal Gov.br de nível prata ou ouro. Para reaver valores de pessoa jurídica, precisa ter conta no Portal Gov.br com o Cadastro Nacional Pessoa Jurídica vinculado (com qualquer tipo de vínculo, exceto colaborador).

O sistema tem novidades importantes como impressão de telas e de protocolos de solicitação para compartilhamento no Whatsapp e inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do SVR. Também há uma sala de espera virtual, que permite que todos os usuários façam a consulta no mesmo dia, sem a necessidade de cronograma por ano de nascimento ou de fundação da empresa.

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Além dessas melhorias, há a possibilidade de consulta a valores de pessoa falecida, com acesso para herdeiro, testamentário, inventariante ou representante legal. Assim como nas consultas a pessoas vivas, o sistema informará a instituição responsável pelo valor e a faixa de valor.

Também haverá mais transparência para quem tem conta conjunta. Se um dos titulares pedir o resgate do dinheiro esquecido, o outro, ao entrar no sistema, conseguirá ver as informações: valor, data e Cadastro de Pessoa Física (CPF) de quem fez o pedido.

Com Agência Brasil

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Erick Matheus Nery

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