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DEVA11: “Efeito da deflação é temporário”, diz gestora sobre dividendos do FII

O Fundo Imobiliário DEVA11 informou seus resultados na última segunda-feira (26). Explicando a queda de rendimentos do FII, a gestora disse em relatório gerencial que “investidores podem deixar o dinheiro na mesa” caso não analisem os fatores temporários do atual cenário de deflação.

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Os dividendos do DEVA11 foram de R$ 1,00 por cota, o que resulta em um dividend yield de 1,03%. Considerando o gross up do imposto de renda, o rendimento equivale a 102,7% do CDI.

A redução dos rendimentos do DEVA11 foi de 20% em comparação ao mês anterior, de R$ 1,25 por cota. O dividend yield do DEVA11 foi de 1,27% para 1,03% nesta comparação. O dividend yield do fundo nos últimos doze meses é de 16,63%.

A gestora do DEVA11 explicou que os rendimentos do mês foram impactados pela variação negativa do IPCA. Em sua visão, a deflação é um fenômeno temporário. A expectativa do fundo é de que o período deflacionário se estenda por mais um mês.

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A deflação é temporária e os rendimentos do DEV11 estão acima da inflação

Diante disso, a desaceleração da inflação pode “afugentar investidores” que observam somente os resultados no curto prazo. Na visão da gestora do DEVA11, isso pode influenciar negativamente os investidores a “deixarem o dinheiro na mesa”.

Ou seja, sem entender o contexto macroeconômico, muitos vendem suas cotas por medo da redução dos rendimentos, “o que pode ou não se refletir no acumulado”. Porém, a gestão do fundo lembra que a redução do preço das cotas pode ser uma oportunidade para investir no FII a preços descontados, potencializando resultados.

Neste ponto, fundos imobiliários com ativos indexados ao IPCA, como o DEVA11, visam proteger uma carteira de investimento do aumento inflacionário, mantendo seu poder de compra. Com o repasse da inflação mensalmente, os rendimentos distribuídos tendem a estar acima do IPCA, valorizando o capital do investidor.

Por fim, a tendência do fundo é de que os rendimentos sejam menores quando comparados ao ano anterior. Mas o DEVA11 afirma que o risco da carteira também é reduzido, “já que uma inflação na casa dos 10% como a que experimentamos é insustentável para a economia como um todo e aumenta até mesmo a chance de inadimplência”, finaliza a gestora.

O Devant Recebíveis Imobiliários teve início em agosto de 2022 e possui até então 119.805 cotistas e um total de 13.905.815 de cotas emitidas. Até o final de agosto, a cota patrimonial do DEVA11 ficou em R$ 99,45, enquanto o valor de mercado é de cerca de R$ 1,38 bilhão.

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Gustavo Bianch

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