Déficit primário poderá ser de R$ 601,2 bilhões em 2020

O Ministério da Economia divulgou na última sexta-feira (1) as projeções para o déficit primário do setor público para 2020 prevendo que o rombo poderá ser de R$ 601,2 bilhões, pela primeira vez, e que a dívida pública pode chegar a 93,1% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, dependendo da variação do Produto.

O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues apresentou cinco cenários com diferentes projeções de PIB e a estimativa para o déficit primário varia entre 7,8% a 8,7%, com o PIB podendo apresentar uma queda de 1,34% a 5,34.

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No cenário em que o Produto decresce 3,34% é previsto que o déficit primário seja de R$ 601,2 bilhões sendo 8,27% do PIB. Já o déficit nominal pode variar de 12,7% a 13,8% do PIB, enquanto a dívida pública pode ficar entre 88,6% a 93,1% do Produto.

Entretanto, Rodrigues salientou que as projeções deve, ser revisadas em breve frente ao atual cenário de incertezas.

Além disso, o Ministério elevou de R$ 285 bilhões para R$ 349,4 bilhões o cálculo de despesas primárias do governo federal com as ações de combate ao novo coronavírus (covid-19).

Rodrigues, salientou que “é possível sim que haja novos beneficiários (do coronavoucher), segmentos elegíveis, porque estamos tratando de milhões de brasileiros que não têm, em alguns casos, até mesmo a questão cadastral plenamente definida. Isso não é agora, veio de anos atrás, existe uma camada da população que é invisível para os agentes tomadores de decisão no setor público”.

Goldman Sachs prevê que déficit primário do Brasil será 9% do PIB

No início de abril O Goldman Sachs informou que o déficit primário do Brasil deve ficar entre 7% e 9% do Produto Interno Bruto e a dívida bruta será de 87% a 91% do PIB brasileiro, em 2020.

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No ano passado, o déficit primário do Brasil foi 0,9% do PIB, enquanto a dívida pública foi 75,8% do Produto. Além disso, o Goldman Sachs informou que o pacote fiscal anunciado para combater os danos na economia, causados pela nova doença, iriam danificar ainda mais o quadro fiscal do brasileiro.

Laura Moutinho

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