CSN (CSNA3) vê lucro líquido cair 93%, para R$ 369 milhões no 2T22

Em balanço trimestral publicado nesta segunda-feira (15), a CSN (CSNA3) informou uma queda de 93% no lucro líquido do segundo trimestre deste ano na comparação anual com um resultado de R$ 369 milhões entre abril e junho. Em relação ao primeiro trimestre deste ano, a queda foi de 73%.

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O resultado financeiro líquido, no resultado do 2T22 da CSN, caiu de R$ 1,1 bilhão para R$ 890 milhões, recuo de 21%. As receitas financeiras, no entanto, foram no sentido oposto e cresceram 86%, passando de R$ 186 milhões para R$ 386 milhões na comparação de doze meses, mostra o relatório.

Nas vendas, a mineradora reportou uma desaceleração de 8% na comercialização do aço e alta de 9% do minério de ferro. O volume total de vendas da CSN foi de 7,5 mil toneladas, o que representa uma variação positiva de 9,3% em relação ao primeiro trimestre do ano.

O Ebitda da CSN (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) chegou a R$ 3,262 bilhões, queda de 60% em um ano e de 31% na comparação com o primeiro trimestre. A margem Ebitda foi de 29,7%, o que representa uma contração de 9,2 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior.

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Segundo a CSN, esse resultado se deu pelo ajuste negativo no preço do Platts no segmento de mineração, que acabou por compensar o maior volume de vendas verificado no período. Houve, ainda, pressão no custo de matérias-primas usadas na produção de cimento, além de limitação na atividade comercial em razão dos índices inflacionários, diz o relatório.

Em seu relatório de resultados, a CSN afirma que o lucro foi parcialmente compensado pelo sólido resultado da siderurgia.

CSN: dívida vai a R$ 21 bi no 2º trimestre, alta de 59%

A CSN encerrou o segundo trimestre de 2022 com uma dívida líquida de R$ 21,034 bilhões, alta de 59% frente ao segundo trimestre do ano passado e 13% acima de março. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, subiu para 1,31 vez, o que representa um aumento de 121% se comparado com o indicador de junho de 2021 e de 48% frente ao patamar de março.

A CSN explica que esse aumento da alavancagem é consequência da variação cambial e dos desembolsos realizados no período, como o pagamento de dividendos e JCP, além da aquisição das PCHs Santa Ana e Sacre.

De toda a forma, a CSN diz que segue ativa em seu objetivo de alongamento da sua dívida e que, ao longo do segundo trimestre concluiu uma operação de longo prazo com a SACE no valor de US$ 375 milhões na sua subsidiária CMIN, que também emitiu sua segunda operação de debêntures de infraestrutura no valor de R$ 1,4 bilhão. Esses recursos serão utilizados nos projetos de expansão de capacidade no segmento de mineração, de acordo com a CSN.

A exposição cambial líquida acumulada no balanço consolidado até o segundo trimestre estava em US$ 502 milhões, de acordo com a companhia.

Situação da CSN

As ações da CSN fecharam cotadas a R$ 15,93 nesta segunda-feira (15), com uma baixa de 4,14% no dia. Durante o último mês, porém, os papéis avançaram quase 14%. 

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(com informações do Estadão Conteúdo)

Wesley Santana

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