CSN (CSNA3) e CMIN (CMIN3) entregam resultado acima do esperado no 1T25

A CSN (CSNA3) e a CSN Mineração (CMIN3) divulgaram seus resultados do primeiro trimestre de 2025 com desempenho superior ao esperado pela Genial Investimentos, especialmente no EBITDA, mesmo diante da sazonalidade negativa que costuma afetar esse período.

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A holding CSN registrou EBITDA consolidado de R$ 2,5 bilhões, alta de 27,6% na comparação anual e 9,2% acima da projeção da casa. Já a CMIN apurou EBITDA de R$ 1,4 bilhão, crescimento de 27% sobre o mesmo trimestre do ano anterior e também 4,6% acima das expectativas.

Na holding, o desempenho foi impulsionado pelas divisões de aço e cimento, que apresentaram volumes acima das estimativas. As vendas de aço somaram 1,143 milhão de toneladas (+3,5% vs. Genial Est.), com preço médio realizado de R$ 5.343/t. A receita líquida consolidada ficou em R$ 10,9 bilhões, com crescimento de 12,3% na comparação anual.

O COGS por tonelada de aço foi de R$ 4.955, pressionado por menor diluição de custos fixos e impacto cambial sobre insumos importados. Apesar da boa performance operacional, a CSN reportou prejuízo de R$ 732 milhões, atribuído à forte perda cambial sobre o caixa dolarizado da CMIN, em um movimento contrário ao do trimestre anterior.

A CMIN, por sua vez, apresentou embarques de 9,6 milhões de toneladas de minério de ferro, superando a estimativa da Genial em 2,2% e atingindo um recorde para primeiros trimestres, mesmo com queda de 10,2% na base trimestral, reflexo da intensidade das chuvas e parada no terminal TECAR. O preço médio realizado foi de US$ 62/t, praticamente estável. O custo C1/t ficou em US$ 21, abaixo da estimativa da casa (-3,2%), com redução de 10,6% em relação ao mesmo período de 2024, refletindo ganhos logísticos. Ainda assim, a companhia reportou prejuízo de R$ 357 milhões, também impactada pela variação cambial negativa sobre o caixa em dólares.

CSN (CSNA3): visão do mercado sobre os resultados

Para os analistas da Genial, a surpresa positiva nos resultados foi relevante. “A qualidade dos resultados foi boa, com a superação em relação às nossas estimativas impulsionada tanto por melhores receitas (principalmente em uma forte realização de preço) quanto por melhor desempenho de custos”, avaliou Igor Guedes, analista responsável pelo setor de Metais & Mineração na Genial Investimentos.

A corretora reiterou a recomendação de manutenção para ambas as ações. Para a CSN (CSNA3), o preço-alvo em 12 meses foi fixado em R$ 9,50, refletindo um downside de 1,4%. Para a CSN Mineração (CMIN3), o preço-alvo estimado é de R$ 5,75, com queda potencial de 6,4%. A casa segue cautelosa quanto às perspectivas, citando a pressão sobre os preços do minério de ferro, o ambiente competitivo no mercado doméstico de aço e os riscos no setor de cimento.

Apesar dos desafios projetados para 2025, os resultados operacionais do 1T25 indicam avanços consistentes na CSN (CSNA3) e na CSN Mineração (CMIN3), que, segundo a Genial, proporcionaram uma percepção de “alívio inesperado” em relação ao desempenho das companhias.

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Maíra Telles

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