Criptomoedas: marco legal é promulgado; BC será regulador

O Diário Oficial da União (DOU) traz nesta quarta-feira (14), a promulgação do Decreto Nº 11.563, que regulamenta a lei que institui o Marco Legal das Criptomoedas. O Executivo definiu o Banco Central (BC) como autoridade responsável por disciplinar as atividades das prestadoras de serviços de ativos virtuais no País.

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“O Banco Central do Brasil disciplinará o funcionamento das prestadoras de serviços de ativos virtuais e será responsável pela supervisão das referidas prestadoras”, diz um trecho, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.

O texto reforça que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) segue com suas atribuições de supervisionar ativos que representam valores mobiliários. Também são mantidas as designações ao Sistema Nacional de Defesa do Consumidor.

O BC terá a tarefa de instituir o regramento infralegal do Marco das Criptomoedas para o setor, além de autorizar e supervisionar as empresas prestadoras de serviço. A partir das condições estabelecidas, haverá prazo de pelo menos seis meses para a adaptação às novas regras, de acordo com a Lei nº 14.478.

Ofensiva da SEC contra Binance e Coinbase coloca indústria de bitcoin em xeque

Primeiro veio o inverno cripto, depois a suposta fraude forjada pelo fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, e agora os processos. A Securities and Exchange Comission (SEC) entrou na Justiça contra as maiores bolsas de criptomoedas do mundo, a Binance e a Coinbase.

Isso aprofunda as tensões entre o governo e uma indústria volátil, marcada por escândalos e colapsos do mercado, e põe em xeque o futuro da indústria.

A Binance e a Coinbase são acusadas de terem violado a lei ao operar como bolsas de valores sem registrar seus negócios na SEC.

A Binance enfrenta acusações adicionais, assim como o CEO, de desviar fundos de clientes para um negócio separado, entre outras acusações.

Mais recentemente, a SEC pediu a um juiz federal que congelasse os ativos da plataforma americana da Binance.

Os processos são os mais recentes em uma disputa contínua entre funcionários do governo que descrevem a indústria cripto como o “Velho Oeste” e criadores de ativos digitais que buscam legitimar a criptomoeda como uma moeda do futuro.

Os líderes do setor dizem que, com as ações mais recentes, os reguladores dos EUA sinalizam com mais clareza que procuram garantir que a criptomoeda não tenha espaço no sistema financeiro tradicional.

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Operação Kryptos: PF cumpriu mandados de busca e apreensão em maio

No início de maio, policiais federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão na sétima fase da Operação Kryptos. Os mandados, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro foram cumpridos em São Paulo, na capital fluminense e nas cidades de São Pedro da Aldeia e Cabo Frio (ambas na Região dos Lagos do estado do Rio).

Segundo a Polícia Federal (PF), esta fase da ação teve como foco a apreensão de carros e motos de luxo pertencentes aos investigados. A soma dos valores dos bens ultrapassa os R$ 3 milhões. O objetivo da apreensão é evitar que os veículos sejam transferidos para outras pessoas, como aconteceu com parte da frota apreendida em agosto de 2021.

“A atuação da Polícia Federal evitou a dissipação do patrimônio dos investigados e deu seguimento ao trabalho de descapitalização da organização criminosa em questão, alvo da Operação Kryptos e de todas as ações instauradas em seu desdobramento”, informou nota da PF.

De acordo com a PF, os investigados respondem pelos crimes de operação sem autorização de instituição financeira, gestão fraudulenta, organização criminosa e apropriação indébita.

A Operação Kryptos investiga crimes contra o sistema financeiro nacional através de criptomoedas.

Com informações de Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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Redação Suno Notícias

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