CPTS11 mantém guidance de dividendos com projeção de retorno anual acima de 15% ao ano

O fundo imobiliário CPTS11 realizou a distribuição de R$ 0,09 por cota em dividendos, em 17 de dezembro, referente aos resultados de novembro, mês em que o FII registrou resultado líquido de R$ 27,751 milhões. O valor ficou abaixo do lucro de outubro, de R$ 30,859 milhões, e foi fruto de receitas totais de R$ 40,01 milhões e despesas de R$ 12,259 milhões. Após o pagamento, o resultado acumulado ficou em R$ 0,002 por cota.

O rendimento distribuído equivale a 133,8% do CDI líquido (alíquota de 15%), tomando como base a cotação de R$ 7,52 por cota. A gestão reforça que as projeções permanecem consistentes com o cenário de mercado e suas premissas, mantendo perspectivas estáveis para os próximos meses.

As projeções indicam que os dividendos do CPTS11 devem se manter próximos a R$ 0,09 por cota ao mês, o que implica dividend yield anualizado de 15,35%. Em um cenário mais otimista, a estimativa sobe para R$ 0,10 por cota (DY de 17,18%); em um quadro mais conservador, recua para R$ 0,08 por cota (DY de 13,54%).

Perspectivas e análise das carteiras do CPTS11

Durante novembro, os recebíveis foram impactados pelo fechamento da curva de juros dos títulos públicos. A marcação a mercado dos CRIs passou de IPCA + 8,65% para IPCA + 8,50%, influenciando os preços. A carteira de FIIs rendeu 1,54% no mês, abaixo do IFIX, que avançou 1,86%, refletindo seleção e dinâmica setorial.

No crédito, o portfólio reúne 14 operações de CRIs (28,9% dos ativos), com destaque para shoppings, que respondem por 43,1% dos créditos, equivalentes a 12,4% do total do FII CPTS11. As aquisições ocorreram a taxa média de IPCA + 6,49%, frente à marcação atual em IPCA + 8,50%.

A carteira exibe duration média de 4,6 anos, spread médio de 0,87%, taxa nominal média de 13,77% e LTV de 59,44%. Há R$ 6,03 milhões em atualização monetária acumulada, ou R$ 0,019 por cota, com base nas taxas de aquisição, reforçando o carrego dos títulos.

A gestão do fundo ressaltou que o perfil de crédito é high grade e segue totalmente adimplente, sem operações classificadas como “estressadas”. Esse posicionamento visa preservar a qualidade do fluxo de caixa e reduzir volatilidade em cenários de maior incerteza.

A parcela de FIIs soma 100 fundos (62,7% dos ativos do CPTS11), com maior exposição ao segmento logístico, que representa 23,6% da carteira de FIIs, o equivalente a 14,8% do patrimônio. No recorte por estratégia, 79,2% são fundos de tijolo e 20,8% fundos de papel, negociados a múltiplo médio de 0,94x o valor patrimonial, sugerindo desconto atrativo para alocação e reprecificação futura.

Redação Suno Notícias

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