Coronavoucher: Governo estende mais 4 parcelas de R$ 300 do auxílio

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram nesta terça-feira (1) a extensão do auxílio emergencial, conhecido como coronavoucher, por quatro meses, com parcelas de R$ 300.

“Não é um valor o suficiente muitas vezes para todas as necessidades mas basicamente atende. O valor definido agora há pouco é um pouco superior a 50% do valor do Bolsa Família. Então, decidimos aqui, até atendendo a economia em cima da responsabilidade fiscal, fixá-lo em R$ 300”, disse o presidente sobre o coronavoucher no Palácio da Alvorada.

Ao lado de Bolsonaro e Guedes, no pronunciamento, estavam líderes do centrão, como Ciro Nogueira, presidente do PP, e os líderes do governo na Câmara, Ricardo Barros, e no Senado, Fernando Bezerra.  O anúncio foi feito após a reunião do mandatário com líderes do Congresso sobre a prorrogação do benefício.

Conheça o Suno One, a central gratuita de informações da Suno para quem quer aprender a investir. Acesse clicando aqui.

Ao todo, foram 20 parlamentares do conhecido ‘centrão’, alinhados do governo e outros ministros.

Total de beneficiários do coronavoucher excede o de trabalhadores formais

O número de cadastros utilizando os benefícios do auxílio emergencial, chamado de “coronavoucher”, já ultrapassou a quantia de trabalhadores com carteira assinada em 25 estados brasileiros. A pesquisa foi divulgada nessa sexta-feira (28) pelo Poder 360.

De acordo com o levantamento, para cada um brasileiro empregado com carteira assinada, tem 1,73 beneficiários do coronavoucher, o que representa um valor de 73% a mais.

Essa desigualdade ocorre principalmente pelo fato de que o Brasil apresenta uma quantidade elevada de trabalhadores informais, o que gerou uma maior dificuldade para distribuir os benefícios aos cidadãos.

“Metade da população ocupada no Brasil sempre esteve na informalidade. São cerca de 40 milhões de pessoas”, afirma Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), “Carteira assinada, no Brasil, pode ser considerado quase um bem de luxo, reservado a cerca de apenas um terço da população adulta”.

O economista aponta a alta oneração do trabalho formal e os valores elevados do salário mínimo em relação à renda média populacional como principais motivos para o número elevado de trabalhadores informais no País.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou na quinta-feira (27), em uma coletiva virtual, que o banco estatal já pagou cerca de R$ 179 bilhões em auxílio emergencial, apelidado de coronavoucher. Nesse sentido, a instituição financeira pagou o benefício para 66,9 milhões de pessoas.

Poliana Santos

Compartilhe sua opinião