Coronavírus: vacina da China chega ao Brasil para testes

A vacina da China contra o novo coronavírus (covid-19) que será testada pelo Instituto Butantan chegou ao Brasil na madrugada desta segunda-feira (20). O antídoto, já autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANS), será testado, em primeira fase, nos profissionais de saúde de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Distrito Federal. Ao todo serão 9 mil voluntários.

Essa vacina foi testada, em etapas anteriores, em animais e também em seres humanos na China. Agora, será testada em populações que estão mais expostas ao coronavírus, como o Brasil que ocupa o segundo lugar de maior casos de contágios no mundo. O imunizante também será testado na Turquia, em Bangladesh e no Chile.

Em junho, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), anunciou a parceria do estado com o laboratório chinês Sinovac Biotec.

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Os testes serão feitos em profissionais da saúde que estão em linha de frente do combate ao vírus. Cada um vai receber duas doses da vacina ou do placebo. O placebo servirá como análise comparativa entre os que receberam a substância verdadeiro e os que receberam placebo.

O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, informou que o governo de São Paulo tem uma reserva de 60 milhões de doses da vacina caso sua eficácia seja comprovada pelos estudos. As doses serão entregues ao Ministério da Saúde para a distribuição à outros estados.

O pesquisador do Instituto, Ricardo Palacios informou que a previsão de testagem é de 12 meses, porém, segundo Palacios, é possível ainda em 2020 ter alguma informação preliminar sobre a eficácia da vacina.

Vacina contra coronavírus de Oxford funciona, dizem cientistas

A vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford (Reino Unido), que está sendo testada no Brasil, se mostrou segura e eficaz contra a doença. Os resultados foram publicados pela revista científica Lancet nesta segunda.

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De acordo com os pesquisadores, a vacina aumentou os níveis de anticorpos neutralizantes protetores e células que atacam o coronavírus. O estímulo à produção de anticorpos neutralizantes, na criação de um antídoto, é considerado um passo importante para os testes.”Estamos vendo respostas imunes muito boas, não apenas em anticorpos neutralizantes, mas também em células T”, afirmou o chefe do Jenner Institute de Oxford, Adrian Hill.

Poliana Santos

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