Coronavírus: faturamento cai 90% para um terço dos comércios em shoppings de SP

O faturamento das lojas em shoppings caiu 90% para um terço dos comerciantes (32%) do Estado de São Paulo, em relação ao período pré-pandemia, de acordo com um levantamento, realizado entre os dias 24 e 26 de junho, da Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop). A queda se deu por conta da pandemia de coronavírus, que chegou ao Brasil em meados de março e reduziu a demanda por produtos de alguns setores que não são considerados “primordiais”.

Ainda segundo a pesquisa, o valor obtido pelas vendas caiu em até 80% para 41% dos lojistas e em até 70% para 24% deles. A Alshop representa empresários que respondem por 4 mil pontos comerciais em todo Brasil.

Na capital de São Paulo, o comércio de rua e os shoppings voltaram a operar com novos horários nos dias 10 e 11 deste mês, respectivamente. As lojas de rua estão funcionando entre 11h e 15h. Já as de shoppings possuem dois horários para poder operar. São eles: o período de 6h às 10h ou de 16h às 20h.

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Em outros estados, 35% dos empresários consultados na pesquisa informaram que o faturamento teve queda de até 80%. Outros 29 afirmaram ter visto uma queda de até 70%. A Alshop também avaliou a taxa de conversão de clientes, que representa o número de pessoas que compram algum produto depois de entrar no estabelecimento. Para este índice, 59% dos empresários disseram que houve uma queda no período, ficando bem abaixo do número apresentado no mesmo intervalo, antes da pandemia de coronavírus.

De acordo com Nabil Sahyoun, presidente da Alshop, o prejuízo do setor já está perto dos R$ 35 bilhões. A associação salientou também que 10% das lojas da grande São Paulo não terão condições de reabrir, mesmo quando não existir o risco de contrair o coronavírus em nosso território.

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A venda online, que é uma das técnicas utilizadas para mitigar os prejuízos com as vendas durante a pandemia de coronavírus, movimenta até 10% do faturamento para 26,5% dos comerciantes ouvidos pela Alshop. A proporção ultrapassa os 20% para 23,5% deles. Em contrapartida, 41% dos entrevistados na pesquisa disseram que este tipo de venda ainda não traz retorno considerável.

Juliano Passaro

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