Copom: alta da Selic reforça aumento da percepção de risco

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de elevar a taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual, para 7,75% ao ano, veio em linha com a projeção majoritária dos participantes de mercado e reforçou o aumento da percepção de risco.

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O Copom imprimiu o sexto aumento consecutivo da taxa Selic e contratou um incremento da mesma magnitude, de 1,5 ponto percentual, para a próxima reunião, em dezembro, para 9,25% ao ano.

O colegiado entregou uma elevação prevista pela revisão recente do Itaú BBA. Na análise de Mario Mesquita, economista-chefe do banco, o comunicado assinou o aumento das incertezas acerca da política fiscal e indicou que uma maior volatilidade poderia levar a autoridade monetária recalibrar a postura.  “Por ora, eles estão em pleno modo de contenção de danos.”

O Itaú BBA conferiu destaque à declaração do BC sobre o aumento do risco de desancoragem das expectativas de inflação, em meio a questionamentos em relação ao arcabouço fiscal.

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A expectativa do banco é de que o comitê eleve a taxa Selic em mais 1,5 ponto percentual na reunião de dezembro, conforme sinalizado pelo Banco Central, atingindo 9,25% ao ano ao final de 2021.

Ritmo de alta da Selic pode acelerar com agravamento do quadro fiscal

A projeção do Itaú é a mesma do Credit Suisse: 1,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom. Para Solange Srour, economista-chefe do Banco no Brasil, o comunicado do BC teve tom semelhante à expectativa da casa.

A especialista reconheceu que os riscos fiscal podem elevar e possivelmente acelerar o ritmo do aperto monetário feito pelo Banco Central.

A avaliação relativa à taxa Selic deve-se ao potencial enfraquecimento do quadro fiscal, especialmente durante as discussões acerca do teto de gastos no Congresso Nacional. “Mudanças na regra fiscal com o objetivo de aumentar as despesas nos próximos anos provavelmente reduzirão a credibilidade da regra para estabilizar a trajetória da dívida bruta no médio a longo prazo.”

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Arthur Guimarães

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