Copel (CPLE6) tem lucro líquido de R$ 795,2 milhões, alta de 56% no ano

A Copel (CPLE6) registrou um lucro líquido de R$ 795,2 milhões no primeiro trimestre de 2021, crescendo 56% na base anual, mas caindo na comparação com o último trimestre de 2020, quando esse número foi de R$ 1,1 bilhão – impulsionado, na ocasião, pela piora da situação hidrológica na Região Sul, que aumentou o preço da tarifa média e estimulou o funcionamento das termoelétricas.

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A receita líquida da Copel foi de R$ 4,98 bilhões, crescendo 22,6% na base anual, com o avanço de 31,4% na linha de suprimento de energia, explicado pela comercialização da energia produzida na UTE Araucária (usina a gás que começou a operar em 2020), e pelo aumento de 7,9% na linha de disponibilidade elétrica (TUSD/TUST).

A companhia de energia elétrica viu seus custos e despesas operacionais avançarem tanto na base anual quanto na trimestral. Os gastos neste âmbito foram de R$ 4,02 bilhões, alta de 24,2% na comparação anual.

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O gasto com encargos de uso da rede elétrica foi o que teve a maior alta, de 80,5% na base anual, saindo de R$ 310,3 milhões no primeiro trimestre de 2020 para R$ 560,2 milhões (crescendo também na base trimestral). Destaque também para o gasto com energia elétrica comprada para revenda, que foi de R$ 1,6 bilhão, ante R$ 1,49 bilhão no primeiro trimestre do ano passado e R$ 2,3 bilhões no último.

Os gastos administrativos avançaram 13% no ano, chegando a R$ 659,3 milhões, mas caíram na comparação com os R$ 954,1 milhões registrados entre outubro e dezembro de 2020. A Copel gastou 22,7% a mais do que no primeiro trimestre de 2020 com serviços terceirizados, 10,8% nos gastos com pessoal (com maior participação nos lucros) e 17,9% a mais com outras despesas.

O resultado da Copel registrou baixa também por causa do resultado de sua equivalência patrimonial, com alguns empreendimentos em que a companhia tem participação reduzindo lucros ou dando prejuízo – a Cantareira Transmissora, companhia atuante em Minas Gerais, por exemplo, deu lucro de apenas  R$ 12,3 milhões, ante R$ 44,5 milhões no quarto trimestre de 2020.

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A Copel, com isso, fecha um Ebitda (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 1,3 bilhão, 18,8% maior na base anual e pouco menor do que os R$ 1,308 bilhão do fim de 2020. A margem Ebitda ficou em 26,1%, ante 27% entre janeiro e março de 2020 e 23,1% entre outubro e dezembro.

Copel melhora resultado financeiro e dívida

A companhia teve um resultado financeiro negativo em R$ 19,1 milhões, ante R$ 84,8 milhões no primeiro trimestre de 2020, impulsionado por maiores receitas financeiras (com investimentos sendo beneficiados pelo avanço do IGP-DI) mas também pela queda de 2,2% nas despesas, que foram de R$ 287,5 milhões.

A Copel fecha o primeiro trimestre com uma dívida líquida de R$ 9,6 bilhões, caindo 3,1% na base trimestral, e um múltiplo de alavancagem, medido pela relação entre dívida líquida e Ebitda (DL/Ebitda) em 1,2, ante 1,3 no fim de 2020.

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Vitor Azevedo

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