Copel (CPLE6): lucro recua no 4T21, mas é recorde no ano; empresa pagará dividendos bilionários

A Copel (CPLE6) anotou lucro líquido recorde de R$ 5 bilhões no acumulado de 2021, segundo resultado financeiro publicado na noite de terça (23).

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A cifra no balanço da Copel demonstra uma alta de 29% em relação ao anualizado de 2020.

Contudo, no resultado da Copel no 4T21, a companha elétrica teve uma retração no seu lucro. Foram R$ 396,2 milhões no período, baixa de 64,7% no comparativo com o 4T20.

Já a receita operacional líquida da Copel somou R$ 6,5 bilhões no 4T21, avanço de 16,6% em relação aos R$ 5,6 bilhões registrados no 4T2o.

Segundo o comunicado da empresa sobre o resultado, essa alta na receita se deu por conta do crescimento de 20,7% na linha suprimento de energia elétrica e do maior volume de energia vendida em contratos bilaterais pela Copel Mercado Livre.

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A companhia também somou um Ebitda recorde, com R$ 8,4 bilhões no anualizado de 2021, alta de 52,1% ante o ano anterior.

Entre outubro e dezembro, a Copel teve Ebitda de R$ 942,9 milhões, baixa de 31,5% frente ao mesmo período de 2020.

“Essa redução deve-se, sobretudo, à queda no resultado da Usina Termelétrica de Araucária e da Copel GeT, parcialmente compensado pelo bom resultado da Copel Distribuição”, explica a empresa.

A margem Ebitda da companhia foi de 14,3% no período, representado uma queda de 11,1 p.p. frente ao resultado do último trimestre do ano anterior.

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Já a margem operacional alcançou 6,5% no 4T21, o que representa uma retração de 9,9 p.p. na comparação com 4T20.

O retorno sobre patrimônio líquido foi de 8,1% no quarto trimestre de 2021, o que também representa uma queda de 20 p.p. em relação ao 4T20.

Foram 360 GWh de energia comercializados vindos da produção da UTE Araucária, com preço médio de venda (CVU) superior aos R$ 2.000,00/MWh para o 4T21, ante aproximadamente R$ 438,00/MWh médios no 4T20, além do maior volume de energia vendida em contratos bilaterais pela Copel Mercado Livre.

Além disso, no 4T21, os custos e despesas operacionais aumentaram 28,0%, totalizando R$ 6,046 bilhões

Copel teve 4T21 em linha com expectativas, diz XP

Para a XP Investimentos, os resultados trimestrais da Copel vieram em linha com as projeções. Segundo os analistas da casa, os destaques positivos foram o resultado do programa de demissão voluntária (economia anual de R$ 153,9 milhões) e a melhoria da eficiência no PMSO com a implementação de uma abordagem mais meritocrática de participação nos lucros e prêmios de desempenho, o que resultou em uma redução de 15,6% nas despesas com pessoal.

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“O menor despacho da UTE Araucária e maiores custos com gás natural no período prejudicaram os resultados, em contraste com o 3T21 quando a termelétrica apresentou melhor desempenho operacional. Apesar disso, a Copel melhorou a eficiência do PMSO ao implementar uma abordagem mais meritocrática de participação nos lucros e prêmios por desempenho, o que resultou em uma redução de 15,6% nas despesas com pessoal e administradores”, diz o relatório da XP.

Dividendos da Copel

A companhia também anunciou uma distribuição de dividendos de R$ 1,3 bilhão (ainda a ser deliberado) totalizando R$ 3,0 bilhões.

O valor dos dividendos da Copel representam R$ 1,13 por cada ação, o que resulta em um dividend yield de 15,7%.

Desempenho de CPLE6

Após a divulgação do balanço, as ações CPLE6 caem 3,06% no intradia desta quarta (23).

No acumulado de 2022, contudo, o saldo é positivo, com alta de 18,8% de alta para as ações da Copel. Os papéis estão cotados a atuais R$ 7,64.

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Eduardo Vargas

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