Copasa (CSMG3) tem queda no lucro líquido no 2T25 e fica abaixo das projeções; entenda

A Copasa (CSMG3) divulgou nesta segunda-feira (4) o balanço de resultados do segundo trimestre de 2025, com lucro líquido de R$ 289,4 milhões, uma queda de 11% em relação ao mesmo período de 2024. O número veio abaixo do esperado pelo consenso da Bloomberg, que projetava R$ 368 milhões.

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Além do lucro mais fraco, o Ebitda ajustado da companhia Copasa recuou 6,1% no período, totalizando R$ 682,1 milhões. A margem Ebitda caiu de 41,4% para 38%.

O desempenho foi pressionado por custos e despesas mais altos, que somaram R$ 1,04 bilhão no trimestre, frente a R$ 980 milhões um ano antes, um avanço de 6,5%.

Resultados da Copasa (CSMG3)

No segundo trimestre, a Copasa também viu seu resultado financeiro líquido negativo atingir R$ 104,1 milhões. Apesar de ser uma melhora em relação ao prejuízo de R$ 118,7 milhões no segundo trimestre de 2024, o resultado ainda reflete aumento nas despesas com juros e encargos, consequência do maior endividamento e das taxas mais altas.

A dívida líquida da empresa avançou para R$ 5,85 bilhões, com alavancagem de 2,0 vezes o Ebitda, contra 1,6 vezes no ano anterior. Segundo a companhia, parte das captações foi destinada a projetos de expansão e universalização dos serviços.

O lucro líquido da empresa foi impactado por margens operacionais mais pressionadas, despesas financeiras mais altas e maiores provisões judiciais e ambientais. A alíquota efetiva do imposto de renda ficou em 15%, frente a 21% no mesmo trimestre de 2024.

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Balanço abaixo das estimativas

Para a Genial Investimentos, o resultado do trimestre foi negativo e mostrou “uma possível má disciplina na evolução de custos da empresa daqui por diante”.

O relatório destaca que o recuo no Ebitda da Copasa foi influenciado por receitas mais fracas, devido ao menor número de dias úteis e ao impacto de temperaturas mais baixas sobre o consumo, além de aumento de custos gerenciáveis.

“Se por um lado a questão da receita nos traz um sentimento de excepcionalidade, a evolução relevante dos custos não-gerenciáveis não nos deixa confortável”, afirma a Genial.

A casa mantém a recomendação neutra para as ações CSMG3 e alerta para a possibilidade de federalização da companhia, tema que voltou a ganhar força com novo fato relevante emitido na última sexta-feira.

A Genial reforça que esse cenário poderia limitar o potencial de valorização das ações da Copasa, ao contrário de uma eventual privatização.

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Giovanna Oliveira

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