Controladora da 99, DiDi Chuxing pode ter maior IPO da década nos EUA

A controladora da 99, a chinesa DiDi Chuxing pode quebrar o recorde da maior oferta pública inicial de ações (IPO, do inglês) da década nos Estados Unidos ainda nesta terça-feira (29).

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A companhia de aplicativos de transportes estimou uma faixa de preço que varia de US$ 13 a 14 por American Depository Shares (ADS), citando que a transação deve envolver um total de 288 milhões de ações. No topo da faixa, o IPO da controladora da 99 deve levantar um montante de US$ de 4,03 bilhões, com um valor de mercado estimado entre US$ 62,4 e 67,2 bilhões.

O prospecto, documento da própria DiDi, estimou uma compra de US$ 1,25 bilhão pelo Morgan Stanley e Temasek Holdings, sendo US$ 750 milhões pelo primeiro e US$ 500 milhões pela segunda companhia, uma empresa de investimentos estatal de Cingapura.

Durante o IPO da DiDi, o Uber não está vendendo suas ações, vendo seu percentual de poder de voto despencar de 12,8% para 6,4% com a abertura de capital.

Já um dos principais investidores da controladora da 99, o SoftBank, vê sua posição cair de 21,5% para 10,7%. Tanto a empresa de investimentos japonesa quanto a Tencent, gigante chinesa da tecnologia, seguram suas posições e não vendem os papéis durante o IPO.

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Controladora do 99 foi fundada há menos de 10 anos

A DiDi é conhecida formalmente como Xiaoju Kuaizhi e é comandada por Cheng Wei e Jean Liu. No guarda-chuva da controladora de aplicativos de transporte constam 493 milhões de usuários ativos e espalhados por 15 países.

A companhia tinha uma rivalidade com a gigante americana Uber (BVMF:U1BE34) na China, mas comprou a operação da companhia em território asiático ainda em 2016, somente quatro anos depois de sua fundação, em 2012. A operação se deu após uma guerra de preço entre ambas, com vitória para a chinesa, gerando assim a oportunidade de compra perfeita.

A DiDi, com a abertura de capital, deve mirar uma expansão semelhante à que foi feita em outros países, incluindo o lançamento de novos produtos e a compra de serviços com potencial regional.

Além disso, o IPO da controladora da 99 se soma aos resultados da companhia em 2021, que já registrou lucro líquido de US$ 837 milhões e vendas totais que somam montante de cerca de US$ 6,4 bilhões.

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Eduardo Vargas

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