CSN lidera ganhos na B3, após registrar lucro líquido 4.586% maior

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN/CSNA3) liderava os ganhos da B3 (BM&F Bovespa) na manhã desta sexta-feira (22). Às 11h, o papel da companhia crescia 5,72% a R$ 12,19.

A valorização das ações da CSN ocorre após a divulgação de balanço do quarto trimestre de 2018. O lucro líquido foi 4.586% maior em 2018, ante 2017. Os R$ 111 milhões subiram a R$ 5,201 bilhões de um ano para o outro.

Nos três últimos meses do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 1,772 bilhão. Houve alta de 369% ante o mesmo período de 2017, quando o resultado foi de R$ 377 milhões.

Confira abaixo os principais dados do balanço financeiro da CSN:

  • Receita líquida: no quarto trimestre, o total arrecadado foi R$ 6,051 milhões, com alta de 21% na comparação com o último trimestre de 2017. No acumulado do ano, a receita foi de R$ 22,969 bilhões com avanço de 24% na ante o ano anterior.
  • EBITDA ajustado: os lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização, somaram R$ 1,56 bilhão entre outubro e dezembro, e R$ 5,849 bilhões durante todo o ano de 2018. A elevação do trimestre, na comparação anual foi de 30%. E a alta do acumulado do ano, ante 2017, foi de 26%.
  • Dívida líquida ajustada: a dívida da empresa foi de R$ 26,616 bilhões no ano passado, com alta de 1% sobre 2017.

As vendas de aço totalizaram 5,069 milhões de toneladas. Assim, tornando a venda do ano passado 3% maior que a comercialização do ano anterior.

Na mesma tendência, as vendas de minério de ferro também cresceram (7%) e no total foram 34,781 milhões de toneladas da commodity vendidas.

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Fato relevante

Por meio de fato relevante, a CSN informou os investidores que pretende:

  1. atingir indicador de Dívida Líquida/EBITDA ajustado em 3x no fechamento do balanço anual de 2019;
  2. captar de R$ 3 bilhões, de um total de R$ 5 bilhões, por meio de venda de ativos e operações financeiras.

“Nosso compromisso de desalavancagem vai ser alcançado. Esses R$ 3 bilhões vão ser viabilizados de alguma forma, seja via operação financeira, ou venda de ativos, ou ambos”, disse o presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, em teleconferência com analistas.

“E com melhores volumes [de vendas de aço e minério de ferro] tenho a certeza que vamos surpreender com a entrega daquilo que nos foi desafiado pelo mercado, ou seja, nos aproximar de 2,5 vezes” a dívida líquida sobre EBITDA, afirmou o Steinbruch.

De acordo com o diretor financeiro, Marcelo Ribeiro, os ativos que devem ser vendidos pela CSN, neste ano, incluem:

  • a usina alemã SWT, que está em fase de propostas vinculantes;
  • uma negociação de venda antecipada de minério de ferro (streaming);
  • e as ações preferenciais que detém da rival Usiminas (USIM5).

“Neste universo de opções, podemos levantar R$ 3 bilhões para alcançarmos a meta de 3 vezes”, disse Ribeiro. O executivo não detalhou quais operações a empresa vai efetivamente realizar.

Em adendo, a CSN anunciou contrato com a Glencore para um contrato de cinco anos de fornecimento de 22 milhões de toneladas de minério de ferro, avaliado em US$ 500 milhões.

Amanda Gushiken

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