Como comprar dólar para viajar em janeiro?

Enquanto as férias de verão se aproximam, aumenta a procura para comprar dólar para viajar ao exterior. Nos últimos meses, o dólar vem mantendo uma oscilação na cotação, ficando entre os R$ 4,80 e R$ 5,00. Para quem pretende viajar nas férias, é importante lembrar que não é possível prever se esse intervalo vai aumentar ou diminuir até janeiro,

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A taxa de câmbio, dentro da estatística, é o que se chama de “passeio aleatório”, visto que a imensidade de fatores que afetam a moeda, seja nos Estados Unidos, no Brasil e no mundo são imprevisíveis.

Para não cair no risco de tentar prever a variação do dólar e acabar sendo prejudicado com uma cotação muito elevada, selecionamos algumas dicas de como se preparar na hora de comprar dólar para viajar.

Como comprar dólar e se proteger das oscilações da moeda?

Levando-se em conta que o principal propósito de comprar dólar nesse cenário é para fazer uma viagem, provavelmente a lazer, a melhor forma de comprar a moeda vai depender do objetivo financeiro do viajante e o horizonte de tempo disponível até a hora de pegar o avião para o seu destino.

“Se a pessoa vai viajar dentro dos próximos seis meses, a forma mais objetiva dela conseguir a moeda estrangeira, seja o dólar ou outra, é comprando diretamente o ativo”, aconselha Guilherme Dias, head da carteira Start da Suno. “Um investimento em dólar, por exemplo, não entra aqui nesse cenário, pois ele traz algum grau de risco, que conflita com o objetivo de curto prazo da pessoa,” completa.

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Curto prazo: qual é a melhor forma de comprar dólares para viajar em janeiro?

Considerando que não é possível prever se a cotação do dólar daqui a um mês, uma semana ou até mesmo um dia estará mais atraente do que hoje, Guilherme aconselha ir fazendo a compra aos poucos.

“A melhor maneira de reduzir essa incerteza é fazer compras graduais. Programar-se para comprar a cada mês ou a cada quinzena, para reduzir o risco de oscilação da cotação (ou risco de mercado)”, aconselha o head da carteira.

Com essas compras em parcelas, fica mais fácil para o viajante capturar várias oscilações e obter um preço médio mais interessante para a viagem.

Além disso, Guilherme ressalta que atualmente o processo para comprar dólares é muito menos burocrático. “Antes havia várias etapas para o indivíduo se expor a uma moeda. Hoje temos corretoras que abrem contas em poucos minutos. A questão é compatibilizar a compra com o seu objetivo, levando-se em consideração quantidade de dinheiro necessária e o tempo”, disse.

Longo prazo: investir em dólar para viajar

Para aqueles que não farão uma viagem nos próximos seis meses ou até um ano, o maior intervalo de tempo abre outras possibilidades para obtenção da moeda estrangeira.

“Quando a viagem ‘extrapola’ para o longo prazo, a manutenção da moeda estrangeira é o mais importante e por isso os investimentos entram em jogo”, explica Guilherme.

No cenário de mais tempo, o head da carteira Start explica que um investimento direto na economia americana pode ser mais interessante. Essa recomendação se dá porque, ao aplicar no exterior, será possível acompanhar os movimentos do dólar.

“Se eu invisto na economia doméstica, o meu risco é de que a rentabilidade da variação brasileira seja menor do que a variação cambial“, pondera Guilherme.

Algumas opções são:

  • Stocks (ações nas bolsas de valores dos EUA);
  • REITs (fundos imobiliários americanos);
  • ETFs (que podem ser adquiridos na bolsa brasileira);
  • Fundos cambiais (também podem ser adquiridos por corretoras brasileiras, e obrigatoriamente terão ao menos 80% de sua exposição a ativos do exterior).

“O ideal é estar exposto a moedas que estejam sujeitas a variação do dólar”, conclui o head da carteira Start.

Para conhecer as formas de se obter moedas estrangeiras, esta matéria explica as principais diferenças entre comprar dólar para viajar pelo cartão de crédito, débito internacional ou com dinheiro físico (em espécie).

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Camila Paim

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