Comércio exterior do Brasil tem a 3ª maior queda do G20, diz OCDE

O comércio exterior do Brasil apresentou a terceira maior queda em valor entre os países do G20. Com isso, os resultados só ficaram a frente da Coreia do Sul e da Indonésia. Assim, o total em exportações e importações do País caiu US$ 6,9 bilhões na comparação anual.

As exportações registraram US$ 58,6 bilhões. Já no quatro trimestre de 2018, o resultado foi de US$ 62,6 bilhões.  As importações ficaram em US$ 42,4 bilhões, ante US$ 45,2 bilhões no trimestre anterior. Os dados sobre comércio exterior foram divulgados nesta terça-feira pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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Os resultados do Brasil vão de encontro ao apresentado pelo G20 como um todo. As exportações do grupo tiveram um avanço de apenas 0,4% em relação ao último trimestre de 2018. Enquanto isso, as importações recuaram 1,2%.

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As importações dos Estados Unidos recuaram 1,9%. De acordo com a OCDE. Com isso, a maior queda foi na compra de produtos chineses. O recuo foi o maior já registrado, de 12%. Isso ocorre como reflexos da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China.

Entenda a guerra comercial

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China aumentaram quando os americanos acusaram o chineses de recuar em partes de um acordo. Com isso, o presidente Donald Trump decidiu aumentar as tarifas sobre importações chinesas. Desse modo, os produtos da China entram nos Estados Unidos com uma taxa de 25% e não mais 10%. Além disso, a medida atinge US$ 200 bilhões em mercadorias.

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Por sua vez, a China retaliou a medida e também aumentou taxas sobre US$ 60 bilhões de produtos americanos. A segunda investida de Trump foi sobre a gigante Huawei. O presidente americano assinou um decreto proibindo que empresas comprassem produtos de uma lista de companhias que inclui a Huawei.

Além disso, a chinesa de tecnologia também foi impedida de comprar componentes americanos sem autorização do governo. Dessa forma, a medida prejudica os negócios da Huawei, que depende da tecnologia americana em sua cadeia de produção.

Prisão de canadenses

Diante disso, a China criticou a medida de Trump e afirmou que reagiria de forma a proteger suas empresas. Assim, os chineses mandaram prender dois canadenses que estavam detidos no país acusados de espionagem. Isso ocorreu como retaliação porque o Canadá havia detido, dias antes, a diretora financeira da Huawei a pedido dos EUA.

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A guerra comercial entre as duas potências é apontada pelo FMI como um dos fatores que vão influenciar na redução do PIB global. “Esse tipo de cenário está entre as razões pelas quais nos referimos a 2019 como um ano delicado para a economia global”, escreveram os economistas do órgão.

O fundo reduziu a previsão de crescimento global para 3,3%. A taxa é a menor desde a crise financeira. Desse modo, o FMI destaca como fatores, além da guerra comercial, tarifas mais altas sobre o comércio e também a desaceleração de grandes economias no mundo.

Beatriz Oliveira

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