Rodrigo Amato

2024, o ano da virada para o mercado de capitais

Um maior controle inflacionário, a reforma tributária e a valorização do real, por exemplo, impulsionaram o setor produtivo do país, e a tendência é de que isso reverbere em 2024, inclusive no mercado de capitais

Desde o segundo semestre do ano passado, os avanços no cenário macroeconômico e a estabilidade política têm sido decisivos para a retomada do crédito no Brasil. Um maior controle inflacionário, a reforma tributária e a valorização do real, por exemplo, impulsionaram o setor produtivo do país, e a tendência é de que isso reverbere em 2024, inclusive no mercado de capitais.

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Ainda em 2023, o governo federal fez uma série de sinalizações voltadas ao mercado de capitais. Em uma delas, o Ministério da Economia afirmou que o novo modelo financeiro em gestão seria neutro e que a tributação, o regime contábil e a regulamentação não fariam distinções entre títulos públicos e privados. Tratam-se de importantes acenos positivos para este valioso pilar do sistema financeiro, cujo principal objetivo é aproximar quem precisa captar recursos para seus projetos de quem dispõe desses recursos para investir.

Muitas das operações realizadas pelo mercado de capitais passam pelas fintechs, empresas que utilizam tecnologia para gerar soluções inovadoras nos diferentes produtos e serviços do mercado financeiro. Na Laqus, por exemplo, são emitidas notas comerciais, debêntures, Certificados Recebíveis (CR), Certificados Recebíveis do Imobiliários (CRI) e Certificados Recebíveis do Agronegócio (CRA), que só podem ser depositados em ambientes autorizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CMV), caso da IMF Digital da Laqus.

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Para as empresas, uma das vantagens de captar por meio destes títulos é o custo inferior aos empréstimos bancários, ao menos pela não incidência do IOF de crédito. Além disso, pela perspectiva do investidor, esse tipo de operação trabalha com o amparo da depositária e, portanto, a garantia de liquidação apenas contra pagamento, uma camada de segurança importantíssima para evitar fraudes ou transações fora de mercado.

Ainda, a partir do depósito, é permitida a negociação do título, o que viabiliza operacionalmente em D0 (emissão no mesmo dia), seja qual for a contraparte. Em razão da facilidade e rapidez de obtenção de recursos pela esteira da Laqus, esse tipo de operação tem tido grande procura por empresas e fundos de crédito.

Considerando o patamar que o mercado de capitais conseguiu atingir em 2023, especialmente com o número de fundos de investimento e o aumento das emissões de renda fixa, como notas comerciais e debêntures, ouso dizer que 2024 será o ano da virada. Isso, obviamente, passará pelo intenso uso de tecnologias e abordagens criativas, sempre visando a tornar o investimento mais acessível, seguro, eficiente e diversificado. Estamos prontos!

(*) Fundador e CEO da Laqus, um ecossistema de soluções que oferece inteligência, formalização e gestão de operações financeiras por meio da tecnologia, proporcionando uma abordagem personalizada, segura e ágil, ampliando oportunidades de negócios para empresas e investidores no mercado de capitais. Em junho de 2021, obteve a homologação junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para atuar como Central Depositária de Valores Mobiliários, sendo a única companhia além da B3 autorizada a operar neste mercado.

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Nota

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