Rebeca Nevares

Olhar para os ciclos de mercado é fundamental para obter bons resultados

Alcançar resultados acima da média requer mais do que controle emocional

Ao entrar no mercado financeiro, muitos investidores o fazem em busca de retornos expressivos ao longo do tempo, mesmo aqueles mais pacientes e calculistas. Contudo, alcançar resultados acima da média requer mais do que controle emocional. A parte técnica também é fundamental para isso e entender como funcionam os ciclos de mercado pode ser um fator decisivo para o sucesso.

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Em primeiro lugar, vale ressaltar que a economia como uma atividade humana é regida por ciclos, que podem ser ascendentes e descendentes. Não quero entrar em detalhes biológicos, mas tais ciclos dependem de uma série de fatores, como política fiscal, cambial, comportamento e atividade econômica.

Desta forma, é natural que as bolsas de valores ao redor do mundo também funcionem assim. Quando a economia vai bem, as empresas tendem a aumentar os lucros, atraindo um número maior de investidores e fazendo com que os preços sejam elevados. É o chamado “Bull Market”.

Neste sentido, quando há uma forte demanda por commodities, por exemplo, como está ocorrendo agora nos mercados internacionais, muito por conta da retomada da China, o que se vê é um ciclo virtuoso para o minério de ferro, petróleo e etc. Ações de empresas como a Vale estão em máximas históricas por conta do atual movimento.

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Porém, também é importante fazer a ressalva de que o contrário também é válido. Em algumas ocasiões, quando a economia entra em colapso, o lucro das companhias também pode se contrair fazendo com que os investidores liquidem suas posições e derrubem os preços dos papéis criando o que chamamos de “Bear Market”.

Mas o que fazer na prática?

Neste momento, o nosso índice Ibovespa opera na casa dos 128 mil pontos após bater recordes históricos. Alguns analistas acreditam que ainda há espaço para novos ganhos e há quem diga que a bolsa já está muito “esticada”, tornando o investimento em renda variável mais arriscado.

Como não temos bola de cristal para prever o momento exato de uma nova correção nos mercados e início de um novo ciclo, o investidor pode optar por manter 25% do seu capital aplicado em ativos de bolsa e os outros 75% em ativos líquidos e de baixo risco como indica Benjamin Graham em “O Investidor Inteligente”.

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Tal estratégia é interessante na medida em que não expõe o investidor de forma irresponsável e ao mesmo tempo também não limita os potenciais de ganhos caso o índice chegue aos 200 mil pontos.

De acordo com Graham, esta ordem pode ser invertida de acordo com os ciclos econômicos. Ou seja, quando a bolsa e a economia estiverem em baixa, recomenda-se que o investidor considere a compra de bons ativos a preços descontados.

De forma resumida, espera-se que o investidor tenha uma estratégia e compre ativos nos momentos certos. Talvez não seja muito interessante comprar ações, mesmo que de boas empresas, no timming errado. Compreender os ciclos de mercado, neste sentido, é fundamental para não perder dinheiro. Bons negócios!

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Nota

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Rebeca Nevares

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