Danillo Branco

Adesão ao Open Finance cresce, mas vantagens ainda são pouco conhecidas

Esse desconhecimento ainda é um desafio a ser vencido pelo Banco Central e agentes do sistema financeiro

O Open Finance vem transformando a relação entre instituições financeiras e clientes. Com o acesso a um volume inédito de informações, as empresas conseguem entender melhor o comportamento dos consumidores e oferecer produtos e serviços mais personalizados. Todo esse processo de compartilhamento também permite ao cliente ter mais autonomia e acessar informações antes restritas aos grandes bancos.

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De acordo com o Banco Central, no começo de 2023, o Open Finance atingiu a marca de 15 milhões de clientes únicos e 22 milhões de consentimentos ativos. O relatório Global Open Finance Index, divulgado em junho deste ano, mostra o Brasil na liderança do mercado de Open. O País, inclusive, alcançou grande número de consentimentos em um período de tempo muito menor, se comparado ao pioneiro no sistema, o Reino Unido.

No entanto, embora sejamos expoentes nessa temática, ainda podemos ver uma boa parcela da população resistente a ‘entrar na onda’ do Open, seja por desconhecimento ou por insegurança. Segundo levantamento do Google Cloud, um em cada quatro bancos do Brasil ainda não oferece o Open Finance a seus clientes. Outro estudo, realizado pela Capgemini Brasil, analisou que a questão da segurança é a maior preocupação do brasileiro que se recusa a acessar o universo Open Finance. Além disso, o levantamento mostra que 35% dos entrevistados não entendem o porquê de compartilhar os dados, 34% não sabem quais são os benefícios do compartilhamento e 57% só considerariam abrir seus dados se tivessem garantia de que o processo é totalmente seguro.

Esse desconhecimento ainda é um desafio a ser vencido pelo Banco Central e agentes do sistema financeiro. Entretanto, é importante ressaltar que o Open Finance é projetado com medidas de segurança e privacidade rigorosas, que incluem a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). As instituições que adentram ao sistema do Banco precisam seguir essas regulamentações para proteger os dados dos clientes.

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“Mundo Fantástico do Open”

Para os usuários, o compartilhamento de dados financeiros traz benefícios como: maior transparência, controle das finanças e o acesso à oferta de serviços personalizada. Assim, consegue-se tomar as melhores decisões e assumir o verdadeiro controle do dinheiro: seja para investir uma quantia parada em um banco em outra instituição financeira, com uma rentabilidade maior, seja para saber onde estão as menores taxas aplicadas pelas empresas integradas ao sistema.

Todo esse processo torna a vida financeira do usuário bancarizado mais personalizada e aderente às suas necessidades. Uma das vantagens que o Open oferece é que o usuário poderá comparar as melhores ofertas sugeridas pelas instituições financeiras e, dessa maneira, escolher o melhor caminho para gerir o seu patrimônio, além de poder escolher as tarifas bancárias em um só lugar.

O Open Finance é uma revolução incontestável e alinhada ao futuro do dinheiro. À medida que a população entende o quanto é seguro aderir ao Open, e percebe as vantagens recebidas em contrapartida, todo ecossistema financeiro se desenvolve e evolui para atender às necessidades das pessoas, empresas e instituições financeiras.

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Nota

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