CNI: brasileiros se preocupam mais com economia do que saúde e educação em 2022

Pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada nesta quinta-feira (3), mostra que a alta da inflação e o crescimento da pobreza são as questões mais preocupantes para a população brasileira.

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Às vésperas da disputa presidencial deste ano, a economia passou a ser a maior fonte de preocupação dos brasileiros, à frente de saúde, educação e segurança, temas que costumam dominar os debates eleitorais.

Os dados da CNI mostram que o combate à pobreza foi indicado na lista de três principais prioridades do Brasil por 45% dos entrevistados. O aumento do salário mínimo e o controle da inflação aparecem na sequência, com 31% e 28%, respectivamente.

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Outro componente de preocupação que está fora do pódio é o combate à corrupção, assunto  predominante na campanha de 2018, com 23% das respostas.

Na lista de dez prioridades, também figuraram a geração de empregos (21%), educação (20%), combate à pandemia (18%), crescimento da economia (13%), serviços de saúde (12%) e combate às drogas (10%). O tema da segurança/criminalidade aparece apenas em 12º lugar, com 5% de citações.

CNI afirma que o brasileiro vê a economia desandar

O gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, ressalta que a melhoria dos serviços de saúde ocupou o primeiro lugar em pesquisas semelhantes entre 2014 e 2018, com a educação ocupando a liderança em 2020 e o emprego em 2021.

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“Neste ano, prioridades ligadas à economia ocupam seis das primeiras dez citações. Ocorre que o brasileiro comum percebe que a economia está andando de lado. Ele sente os efeitos da inflação no supermercado e nas contas de energia e transporte”, afirmou Telles.

“O número de pessoas trabalhando está aumentando, mas em ritmo insuficiente para atender a quantidade de pessoas procurando trabalho, o que dá a sensação de que o desemprego não recua. Além disso, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano está aquém das necessidades do País”, avalia.

Maiores problemas, maiores preocupações

Além da pergunta sobre quais deveriam ser as prioridades do governo, a pesquisa questionou os entrevistados sobre os maiores problemas atuais do Brasil. O desemprego liderou as respostas, com 41% de citações, seguido pela inflação com 40% e a corrupção com 30%. Na sequência, aparecem fome e miséria (19%), educação (18%), desigualdade social (16%), baixo crescimento da economia (14%) e saúde (também com 14%).

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De acordo com a CNI, os problemas mudam de intensidade conforme escolaridade, renda e região do País. A falta de emprego é o maior problema para a população com renda abaixo de cinco salários mínimos, enquanto os entrevistados com rendas maiores apontam a inflação como um problema mais relevante.

Para a população analfabeta, o custo de vida (39%) e a pobreza (26%) também são um problema maior do que o desemprego (25%). O desemprego é o principal problema para as pessoas que moram no Sudeste e no Nordeste, enquanto no Sul, Norte e Centro-Oeste o custo de vida aparece em primeiro lugar.

A pesquisa “Brasileiros e Pós-Pandemia”‘ foi encomendada pela CNI ao Instituto FSB, que ouviu 2.016 pessoas em todos os Estados e no Distrito Federal.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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Victória Anhesini

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