Cielo (CIEL3): processo de oferta de ações é suspenso; veja o motivo

A Cielo (CIEL3) publicou na última sexta-feira (23) um fato relevante informando a suspensão do processo de registro de oferta pública de aquisição de ações (OPA).

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A suspensão ocorre em linha com a convocação por acionistas titulares, que detêm mais de 10% das ações da Cielo em circulação, de uma Assembleia Especial. Nela, deve ser discutido “o valor das ações ordinárias de emissão da companhia, no âmbito da oferta pública unificada”, explica do documento. 

Na última quarta-feira (21), a Cielo já havia publicado outro fato relevante divulgando a convocação da Assembleia Especial. O registro de oferta pública unificada visava a conversão de registro de companhia aberta da categoria “A” para “B” e a saída da Cielo do Novo Mercado, segmento onde os termos de governança são os mais exigentes do mercado brasileiro.

A oferta de aquisição das ações da Cielo foi divulgada no último dia 5 e realizada pela BB Elo, controlada do Banco do Brasil (BBAS3), a Quixaba, controlada do Bradesco (BBDC4) em conjunto com o Grupo Elopar, adquirente que tem entre seus acionistas controladores os dois bancos, BB e Bradesco. 

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Cielo (CIEL3): banco recomenda compra após anúncio de oferta de ações

O UBS-BB reiterou recomendação de compra para os papéis da Cielo (CIEL3), com preço-alvo de R$ 6, após o Banco do Brasil (BBAS3) e o Bradesco (BBDC4) decidirem fazer uma oferta pública de aquisição de ações (OPA) para tirar a empresa da bolsa. 

Segundo o UBS-BB, a operação está alinhada com os principais concorrentes da Cielo, como a Rede com o Itaú (ITUB4) e a Getnet com o Santander (SANB11), e poderia intensificar a concorrência entre as empresas de pagamento.

“Para o Bradesco, a aquisição da Cielo, além de mais flexibilidade (oferta de produtos integrados aos seus clientes), faz com que o banco também pode ser mais agressivo na antecipação de recebíveis para pequenos comerciantes”, explicam os analistas. 

No entanto, a equipe do UBS-BB observa que a integração pode levar algum tempo, uma vez que Rede/Itaú levou vários anos para começar a apresentar resultados consistentes.

Além disso, a Oferta Pública ainda estará sujeita a alguns requisitos legais e regulatórios e precisará ser aprovada por pelo menos 1/3 dos acionistas em circulação. 

De acordo com o UBS-BB, projetando um valor patrimonial de R$ 12,7 bilhões para a Cateno (ou R$ 8,9 bilhões considerando a participação da Cielo de 70%) e considerando a oferta a R$ 5,35, os negócios adquiridos seriam avaliados em R$ 5,7 bilhões, ou um PE (Preço/Lucro) implícito de 6x em ambos os anos de 2024 e 2025, em comparação com 13x para Stone e 11x para PAGS no mesmo período.

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Redação Suno Notícias

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