Carrefour: Couche-Tard ‘adoraria’ segunda chance no negócio

O CEO da Couche-Tard, Brian Hannasch, reativaria sua oferta de até 18 bilhões de euros pelo Carrefour da França, se o grupo canadense visse uma mudança na posição do governo francês.

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“Adoraríamos fazer a transação, se recebêssemos sinais de que o ambiente poderia mudar ou mudaria do governo francês ou de outras partes interessadas importantes”, comentou Hannasch à agência de notícias “Reuters”, sobre a operação com Carrefour.

A Couche-Tarde abandou sua oferta pelo supermercado europeu em meio a críticas do governo da França à operação.  Na quarta-feira (13), em entrevista à TV France 5, o ministro das Finanças do país, Bruno Le Maire, verbalizou a oposição da gestão Emmanuel Macron à operação, ao argumentar que a fusão poderia colocar em risco empregos e a cadeia de abastecimento francesa.

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“O que está em jogo aqui é a soberania alimentar do povo francês”, afirmou Le Maire. “A ideia de que o Carrefour possa ser comprado por um ator estrangeiro – em princípio, não sou a favor de tal movimento.”

Contudo, as empresas destacaram que estenderão as discussões para avaliar “eventuais oportunidades na área de parcerias operacionais”.

Na análise de Le Maire, “esta é uma abordagem melhor. Não perdemos o controle nem a segurança alimentar e abrimos parcerias que podem ser frutíferas para o Carrefour, bem como para seu par canadense”.

O Carrefour emprega 105 mil pessoas na França e administra cerca de 8 mjil lojas de conveniência, bem como seus hipermercados e supermercados tradicionais.

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Hannasch afirmou que tinha conhecimento da dificuldade de aprovação que iria enfrentar por parte do governo francês.

“Em termos de política, acho que entramos nisso com os olhos bem abertos, sabendo que era um risco, e certamente acredito que a pandemia agravou a questão da segurança alimentar. E se isso muda com o tempo, é difícil dizer”.

Venda de fatia no Carrefour traria perdas para o bilionário Bernard Arnault, diz agência

Os três maiores acionistas do Carrefour, que juntos controlam cerca de 23% das ações e se beneficiam do direito de voto duplo sob a lei de valores mobiliários francesa, estavam abertos a vender suas participações para facilitar o negócio, disseram pessoas próximas ao negócio anteriormente ao Financial Times.

Eles incluem o homem mais rico da França, o bilionário LVMH Bernard Arnault e a família Moulin, responsável pelo grupo de lojas de departamentos Galeries Lafayette.

Se o Carrefour fosse comprado pela empresa canadense Alimentation Couche-Tard, o veículo de investimento do bilionário Arnault teria prejuízo devido a sua participação na varejista francesa. A informação foi divulgada pela “Bloomberg”.

Arnault teria um preço de oferta próximo a menos da metade do nível da cotação das ações da varejista francesa quando investiu na empresa. De acordo com a Bloomberg, a Couche-Tard ofereceu 20 euros por ação da rede de supermercados francesa, enquanto as ações do Carrefour eram negociadas a 47 euros, em média, em março de 2007, quando o Groupe Arnault comprou os papéis.

Com isso, o negócio avaliou sua participação no Carrefour em cerca de 1,5 bilhão de euros. A empresa canadense está oferecendo 900 milhões de euros pela participação do grupo de investimento.

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Poliana Santos

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