Campos Neto diz que momento exige cautela na política monetária

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, nesta quarta-feira (15), que o momento atual do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária.

Segundo Campos Neto, novas alterações na política monetária dependerão do avanço da economia do Brasil. A necessidade de cautela já havia sido salientada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), em dezembro, após o corte da taxa básica de juros (Selic) para a mínima histórica de 4,5% ao ano.

“Os próximos passos [da política monetária] continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, afirmou o presidente da autoridade monetária.

De acordo com o presidente do BC, a situação econômica do País atualmente prevê uma política monetária estimulativa, com juros baixos.

A cautela mencionada por Campos Neto vai de encontro com as previsões para Selic dos especialistas que contribuíram com a elaboração do Boletim Focus desta semana. A estimativa do Focus é que a taxa básica de juros brasileira permaneça a 4,5% ao ano em 2020, portanto, sem sofrer novos cortes.

Queda da inadimplência

O presidente da autoridade monetária falou também sobre queda de 0,27% do índice de inadimplência do Brasil em novembro do ano passado ante o mesmo período de 2018.

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A liberação dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi apontada como um dos fatores que contribuiu para a redução. Além disso, os eventos realizados para a renegociação de dívidas também foram mencionados pelo economista.

Segundo Campos Neto, a queda representa “a reversão de uma tendência negativa observada em 2018”.

Campos Neto fala sobre competitividade entre bancos

Campos Neto afirmou, na última quinta-feira (6), que o BC quer estimular a competitividade entre os bancos no País.

Saiba mais: BC quer estimular mais competitividade entre bancos, diz Campos Neto

Segundo ele, as medidas que serão tomadas pela autoridade monetária procuram igualar as redes bancárias digitais com as redes físicas. O presidente do BC afirmou que os grandes bancos também deverão ter resultados positivos com um ambiente mais competitivo.

“Muitas coisas que estamos fazendo é para igualar as redes digitais com as redes físicas. Todos os entraves que fazem com que a plataforma digital não consiga competir é nessa área que estamos atuando”, afirmou Campos Neto.

Giovanna Oliveira

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