Campos Neto: moeda comum é ideia antiga que resolve problema que não existe mais

Enquanto o governo Lula defende a criação de uma moeda comum para as trocas comerciais dentro do Mercosul, com o restante da América do Sul e até mesmo com os países dos Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta sexta-feira, 2, que esse tipo de ideia é antiga e busca endereçar uma questão que não existe mais.

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“Se você acredita no avanço dos pagamentos digitais e na digitalização de processos, você não precisa uma moeda comum para ter essa eficiência comercial”, afirmou Campos Neto, em participação no Valor Capital’s Crypto Workshop, organizado pelo Valor Capital Group. “Mas os governos em geral ainda são muito analógicos”, cutucou.

Campos Neto destaca surpresa positiva do PIB e emprego resiliente

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou a surpresa positiva do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre em reunião fechada com conselheiros do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), em São Paulo. “Atividade tem surpreendido positivamente: PIB cresceu 1,9% no primeiro trimestre. Mercado de trabalho mostra resiliência”, diz o documento da apresentação divulgado pelo Banco Central.

Com forte contribuição da Agropecuária, o PIB de janeiro a março superou a expectativa mediana do mercado financeiro, de alta de 1,2%, conforme pesquisa do Projeções Broadcast.

A surpresa gerou uma onda de revisões positivas para o resultado do ano, com a mediana subindo de 1,4% para 2,3%, segundo levantamento do serviço especializado do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) após a divulgação do PIB na quinta-feira.

Atualmente, a projeção oficial do Banco Central para o crescimento econômico este ano é de 1,2%, que poderá ser atualizada no Relatório Trimestral de Inflação no fim deste mês.

Recentemente, Campos Neto já tinha reconhecido o desempenho melhor do que o esperado da atividade, indicando que as expectativas deveriam continuar a subir.

Sobre a inflação, Campos Neto repetiu na apresentação que vem desacelerando, mas ainda em patamar elevado.

(Com informações de Estadão Conteúdo)

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João Vitor Jacintho

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