Huawei perde força com bloqueio dos EUA e polêmicas vindas de Pequim

A campanha dos Estados Unidos contra a expansão da influência da Huawei avança com o presidente norte-americano, Donald Trump, barrando ofertas essenciais à empresa e polêmicas sobre Hong Kong e coronavírus.

Os Estados Unidos tem tido sucesso em sua campanha para conter o avanço da tecnologia de 5G da gigante chinesa Huawei enquanto barra a oferta de microchips. Ao mesmo tempo, Pequim tem provocado polêmicas sobre sua atuação no combate ao coronavírus, quando ainda era um surto no país, e sobre a lei de segurança nacional imposta sobre a província de Hong Kong.

Com isso, o Reino Unido anunciou que está reavaliando a escolha da companhia de tecnologia chinesa. Da mesma forma, operadoras na Dinamarca e na Singapura optaram por outros provedores para o desenvolvimento de suas redes de telecomunicação.

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A Alemanha e a França também estudam o papel da empresa de que os Estados Unidos acusam de roubo, violação de sanções e de abrir caminho para espionagem.

EUA barram acesso a chips com tecnologia americana à Huawei

Os norte-americanos tentavam, há poucos meses, convencer aliados a não utilizarem os serviços da companhia chinesa. Entretanto, em maio, Washington passou a bloquear o acesso a microchips desenvolvidos com tecnologia do país.

A mudança pode criar uma desvantagem competitiva para a Huawei, que pode acabar por ficar desatualizada. Dessa forma, a empresa não poderia manter redes de 5G que serão a base para a comunicação nas próximas décadas.

Saiba mais: EUA permitem empresas trabalharem com Huawei em padrões 5G

Os Estados Unidos permitem somente discussões de padrões técnicos para que os equipamentos de diferentes fornecedores possam operar juntos em uma mesma rede.

Ocidente critica Pequim por atuação na pandemia e em Hong Kong

Paralelo a isso, países da Europa e os Estados Unidos tem criticado o governo chinês pela condução da pandemia do novo coronavírus, ao mesmo tempo que criticam as leis de segurança nacional em Hong Kong, movimento visto como uma ameaça contra a autonomia da região.

A companhia está sujeita ao controle do governo da China, o que significa que pode ser obriga por lei a cooperar com o aparato de segurança do país e foi implicada em espionagem, segundo o Departamento de Estado dos Estados Unidos.

Saiba mais: Hong Kong terá ‘órgão de segurança nacional’ da China

A Huawei foi adicionada na última quarta-feira (24) a uma lista de 20 empresa controladas ou operadas por militares chineses pelo Pentágono, abrindo espaço para novas sanções por parte dos norte-americanos.

A companhia, no entanto, nega todas as acusações de espionagem, afirmando que perderia clientes se não fosse confiável. A Huawei defende que é uma empresa privada e não pode ser dirigida por Pequim. Nenhuma lei chinesa estabelece que companhias nacionais privadas se envolvam em espionagem cibernética, alegou a Huawei.

Arthur Guimarães

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