Camil (CAML3): Lucro líquido do terceiro trimestre salta 96% na base anual

A Camil (CAML3) divulgou ontem, após o fechamento do mercado, seu balanço do terceiro trimestre de 2020. Entre os destaques, a companhia viu seu lucro líquido quase dobrar no período de um ano, alcançando R$ 129,5 milhões, salto de 96% na comparação com o terceiro trimestre de 2019.

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Já a receita líquida saltou 38,1% na base anual, alcançando R$ 2 bilhões, e o EBITDA (lucro antes juros, impostos depreciação e amortização) avançou 78,2%, chegando a R$ 237 milhões.

Arroz e pescados foram baixas nas vendas da Camil

Entre os dados operacionais, a Camil pontua que houve uma redução da venda de volumes de arroz, com queda de 16,1% no ano. O setor de pescados também recuou, caindo 16,5% na comparação com o mesmo período de 2019.

Ambos produtos, tanto arroz como os peixes (proteínas), foram atingidos pelo avanço da inflação no período. O preço líquido do arroz avançou 36,8% do segundo para o terceiro trimestre e 79% na comparação anual.

Já os pescados tiveram alta de 14% no preço no trimestre e de 22% na comparação anual.

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Os volumes de comercialização de feijão e de açúcar, entretanto, subiram. O primeiro avançou 10% na base anual e o segundo 13,7%.

Ambos tiveram avanços de preço menores na comparação trimestral.

No ano, o preço do feijão subiu 49%; no trimestre, a alta foi de 0,7%. O açúcar subiu 6% no ano e 6,7% na base trimestral.

Destaque também para o volume de exportação da Camil, com as vendas para o Uruguai aumentando 8,5%, chegando a 140 mil toneladas, compensando a redução nos volumes enviados para o Chile e para o Peru, com queda de, respectivamente, 19,8% (indo a 18,2 mil toneladas) e 18,9% (19,8 mil toneladas).

 

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Companhia volta a investir após pico da pandemia

Nos dados financeiros, a Camil atenta para o seu Capex, que avançou 98,3% no ano, alcançando R$ 71,5 milhões. A companhia voltou a investir, após o corte do primeiro trimestre por conta da pandemia do coronavírus, e adquiriu duas novas plantas, uma no Rio Grande do Sul e uma em Pernambuco.

O endividamento da Camil também subiu, atingindo R$ 2,5 bilhões, alta de 21,9% no ano. Segundo a empresa, parte da alta se deve por conta da rolagem de dívidas no curto-prazo e  pela desvalorização do câmbio. A relação dívida/EBITDA, entretanto, diminuiu quase pela metade na base anual, ficando em 1,7 vez.

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Vitor Azevedo

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