Brasil na Opep+? Entenda convite que pode ser aceito pelo Governo

Em breve, o Brasil pode ser tornar um membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+), cartel de produtores da commodity que reúne países como Rússia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

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A Secretaria de Comunicação Social do governo confirmou que, atualmente, o poder executivo avalia aceitar um convite feito recentemente para o Brasil participar da Opep+.

Segundo informações do G1, o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, avalia o convite.

Até então a pasta não se posicionou oficialmente sobre o assunto – nem em comunicados oficiais, nem em notas enviadas à imprensa.

A expressão “Opep+”, indicando adição, engloba os “países aliados” do grupo, que não são membros plenos da organização, mas colaboram em algumas políticas internacionais relacionadas ao comércio de petróleo e na mediação entre membros e não membros.

Os atuais aliados da Opep+ incluem países como Azerbaijão, Bahrein, Malásia, México e Rússia.

Os membros da Opep+ realizam reuniões periódicas para avaliar a oferta global de petróleo, implementando cortes ou aumentos na produção para influenciar os preços do barril.

Durante a visita do representante da Opep+ ao Brasil em outubro, Haitham al-Ghais teve encontros com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia.

O presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, também participou das reuniões.

Na ocasião, Silveira foi questionado sobre a possibilidade de o Brasil aderir à Opep+, e ele declarou que o país não estava considerando a proposta “a princípio”.

Em 2019, o Brasil já havia recebido um convite informal para participar do grupo, mas não aceitou.

Em 2020, houve outra tentativa de aproximação, quando o secretário-geral da organização, Mohammad Sanusi Barkindo, convidou o Brasil para participar do acordo de cooperação do grupo e seus aliados, que buscava reduzir a oferta de petróleo devido à diminuição da demanda durante a pandemia de Covid-19.

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O que é a Opep, cartel o qual o Brasil pode vir a integrar

A Opep, fundada em setembro de 1960, por seis países: Irã, Iraque, Kuwait, Venezuela e Arábia Saudita. Posteriormente, o cartel contou com a entrada de:

  • Qatar (1961),
  • Indonésia (1962),
  • Líbia (1962)
  • Emirados Árabes Unidos (1967)
  • Argélia (1969)
  • Nigéria (1971)
  • Equador (1973)
  • Gabão (1975)
  • Angola (2007)
  • Guiné Equatorial (2017)
  • Congo (2018)

Isso aconteceu porque, em meados de 2016, com preços baixos do petróleo, a Opep reuniu forças com outras dez nações grandes produtoras de petróleo para fundar a OPEP+.

Os dados atuais mostram que a Opep+ representa 40% de todo o petróleo bruto produzido no mundo.

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Eduardo Vargas

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