Boris Johnson renuncia ao cargo de primeiro-ministro do Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, renunciou ao seu cargo na manhã desta quinta-feira (7). “É claramente a vontade do Partido Conservador que deve haver um novo líder do partido e, portanto, um novo primeiro-ministro”, disse, em coletiva.

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A renúncia do líder britânico já era esperada, dadas as crises recentes que estavam ocorrendo – incluindo um caso de assédio sexual feito por um colega de partido que foi mantido no cargo. Esse contexto com Boris Johnson ocasionou uma série de renúncias de ministros nos últimos dias.

Apesar da renúncia, Johnson deve permanecer no cargo interinamente até que o partido conservador escolha um novo líder, o que deve acontecer nas próximas semanas. Essa atitude foi amplamente rechaçada, tanto por colegas de legenda quanto pela oposição trabalhista.

“O primeiro-ministro tomou a decisão certa. O governo sob a liderança de Boris teve muitas conquistas – entregando o Brexit, vacinas e apoiando a Ucrânia. Precisamos de calma e unidade agora e continuar governando enquanto um novo líder é encontrado”, disse a secretária de Relações Exteriores, Liz Truss.

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Sob pressão, Johnson deve permanecer no cargo de primeiro-ministro até outubro. É neste mês que ocorre o congresso anual do partido e um novo nome pode ser anunciado.

“Eu concordei com Sir Graham Brady, líder dos parlamentares, que o processo de escolha desse novo líder deveria começar agora e o cronograma será anunciado na próxima semana”, disse Johnson, em coletiva.

“Hoje eu nomeei um Gabinete para servir, como farei, até que um novo líder esteja no lugar”, acrescentou.

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Veja a crise mais recente da gestão de Boris Johnson

A última crise do governo foi por conta do assédio sexual cometido por Christopher Pincher, vice-chefe do cargo conhecido como “chief whip”. O cargo em especial é responsável pela disciplina parlamentar dos deputados.

As denúncias vieram à tona no fim de junho e Pincher renunciou no dia 30, somando mais uma controvérsia à gestão de Boris.

Havia quem apostasse em uma derrocada em meses e semanas anteriores, incluindo na pandemia – quando Boris Johnson, a priori, negou a existência, e posteriormente implementou um lockdown enquanto fazia festas a portas fechadas em edifícios do governo.

O escândalo foi chamado de “partygate”, e desencadeou uma série de críticas por conta dos impactos do lockdown na economia. Inclusive, Boris Johnson chegou a confraternizar um dia antes do funeral do príncipe Philip. Por conta disso, fez um pedido público de desculpas à rainha Elizabeth.

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Eduardo Vargas

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