Secretário da Economia e presidente da ABDI podem ser demitidos, diz Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, informou nesta segunda-feira (2) que ou presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Luiz Augusto Ferreira, ou o secretário especial de Produtividade e Emprego do Ministério da Economia, Carlos da Costa, ou os dois serão demitidos.

A declaração de Bolsonaro feita nesta segunda aos jornalistas no Palácio da Alvorada faz referência à denúncia de Ferreira de que recebeu “pedidos não republicanos” de Costa.

“Um dos dois, no mínimo, vai perder a cabeça. Porque não pode ter uma acusação dessas. Daí vão dizer que ele ficou lá, porque tem uma bomba embaixo do braço. Não é esse o meu governo. Um dos dois, ou os dois perderão a cabeça”, disse o presidente da República.

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Além disso, o mandatário informou que assim que teve conhecimento da acusação contactou o ministro da Economia, Paulo Guedes, para apurar o caso.

“Tomei conhecimento, estou louco para saber. Entrei em contato com o ministro Paulo Guedes para saber que pedido é esse”, completou Bolsonaro.

Bolsonaro quer investigar a acusação de “pedidos não republicanos”

No último sábado (31), em entrevista à revista “Veja”, Ferreira acusou o secretário especial de pedidos não republicanos. O presidente não especificou quais pedidos, somente reafirmou que não atendeu.

“Não posso abrir agora. Por mais que eu tenha uma vontade enorme de falar, não posso voltar atrás na palavra que dei neste momento”, disse o presidente.

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A entrevista foi realizada após sua “demissão” pelo secretário. De acordo com Costa, o desligamento do subordinado foi porque ele não estava entregando os resultados planejados. Porém, Ferreira não aceitou a decisão.

“Não tenho a menor dúvida que o motivo da discussão da minha saída é o ódio do secretário Carlos da Costa porque não atendi aos pedidos não republicanos dele. Sigo a determinação do presidente Bolsonaro de não atender vagabundo na administração pública”, disse Ferreira.

Poliana Santos

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