Bolsas mundiais têm alta após corte de juros nos EUA

As bolsas mundiais têm um dia positivo nesta quinta-feira (19). As da Ásia fecharam em alta hoje, após o Federal Reserve (Fed) abrir o ciclo de relaxamento monetário com um corte de meio ponto porcentual nos juros.

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O presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, buscou conter os ânimos ao avisar que as decisões ainda dependem da evolução dos dados. Mesmo assim, o mercado amplia a expectativa por mais 75 pontos-base em corte acumulado da taxa básica até o final do ano, conforme sugere a plataforma de monitoramento do CME Group.

Assim, na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou o pregão com ganho de 2,13%, a 37.155,33 pontos. O enfraquecimento do iene nas horas seguintes ao anúncio do Fed beneficiou ações de grandes exportadores. Toyota saltou 5,05% e Fujikura ganhou 6,36%.

Na Coreia do Sul, Seul voltou de feriado com valorização mais tímida, de 0,21%, a 2.580,80 pontos. Em Taiwan, o Taiex avançou 1,68%, a 22.042,69 pontos.

Analistas do Nomura acreditam que a maior parte dos bancos centrais asiáticos deve seguir o Fed e afrouxar a política monetária. Para o banco, os mercados acionários (exceto Japão) têm perspectiva de alta limitada, mas podem ter desempenho positivo se os dados confirmarem o cenário de pouso suave – o controle da inflação sem um dano significativo à atividade.

Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,69%, a 2.736,02 pontos, enquanto o menos abrangente Shenzhen Composto ganhou 1,58%, a 1.497,00 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng computou incremento de 2,02%, a 18.016,73 pontos. As atenções agora se voltam para a definição de juros de Banco do Povo da China (PBoC) e Banco do Japão (BoJ), ambos nesta sexta-feira (horário local).

Na Oceania, o australiano S&P/ASX 200 se elevou 0,61% em Seul, a 8.191,90 pontos, em novo recorde histórico.

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Europa tem ganhos sólidos

As bolsas da Europa computam ganhos firmes nesta manhã, em meio à aposta de que o corte de 50 pontos-base nos juros do Federal Reserve (Fed) inaugurou um ciclo sustentado de relaxamento monetário nos Estados Unidos. Investidores se posicionam também para a decisão do Banco da Inglaterra (BoE), que deve manter a política inalterada.

Pouco depois das 06h (de Brasília), o índice Stoxx 600 subia 0,90%, a 519,23 pontos.

Para o Jefferies, a comunicação do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) embutiu um tom que tende a ser positivo para os ativos de risco. “O Fomc está pronto para entregar mais relaxamento se os dados econômicos se deteriorarem”, explica o banco de investimentos.

Assim, no horário citado acima, a Bolsa de Frankfurt subia 1,07% e a de Paris ganhava 1,65%. Em Londres, o índice FTSE 100 marcava valorização de 0,94%, horas antes do anúncio do BoE. O BC britânico deve manter a taxa bancária em 5,0%, mas pode retomar o processo de relaxamento em novembro, no entendimento do ING.

Em destaque no mercado britânico, a ação da Ocado saltava 7,-1%, após a empresa elevar o guidance de vendas da sua divisão varejista. Os papéis ligados a commodities também apontam para cima, entre eles Rio Tinto (+3,24%) e Antofagasta (+2,15%).

Entre outras praças, a Bolsa de Milão avançava 0,96%, mas a de Lisboa recuava 0,17%. No câmbio, o euro subia a US$ 1,1169 e a libra avançava a US$ 1,3277. Os rendimentos dos Bunds da Alemanha e do OAT francês operam sem direção definida.

Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Guilherme Serrano

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