Bolsas europeias fecham em queda, com dados da China e crise no Afeganistão no radar

As bolsas europeias fecharam em queda nesta segunda-feira (16), refletindo a cautela nos mercados que levou para o território negativo também as bolsas asiáticas, as bolsas americanas e agrava a queda do Ibovespa.

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Dados macroeconômicos fracos na China, preocupação com a disseminação da variante Delta do coronavírus e a piora na dinâmica geopolítica com a crise no Afeganistão contribuem para a fuga de ativos de risco nas bolsas europeias e nos demais índices acionários mundiais.

O índice pan-europeu Stoxx 600, que reúne 600 empresas listadas em bolsas europeias de todo o continente, fechou em queda de 0,50%, aos 473,45 pontos.

“Tendo visto os mercados europeus obterem ganhos incrementais em uma base quase diária desde o início do mês, não deveria ser uma grande surpresa observar um pequeno recuo em algum momento”, diz o analista chefe da CMC Markets, Michael Hewson.

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Outros índices das bolsas europeias fecharam com as seguintes cotações:

  • FTSE 100, de Londres, caiu 0,90%, a 7.153,98 pontos,
  • DAX 30, em Frankfurt, teve queda de 0,32%, a 15.925,73 pontos, após ter superado na última sexta-feira a marca de 16 mil pontos pela primeira vez.
  • CAC 40, em Paris, caiu 0,83%, a 6.838,77 pontos,
  • FTSE MIB, em Milão, recuou 0,76%, a 26.448,76.

Reflexo da China nas bolsas europeias

O resultado do investimento em ativos fixos da China no primeiro semestre, assim como o das vendas de varejo e da produção industrial em julho, ficou abaixo da expectativa de analistas.

As vendas no varejo chinesas cresceram 8,5% em julho, abaixo da expectativa de 11,5% de analistas ouvidos pela Reuters. Já a produção industrial expandiu em 6,4% no mesmo período, abaixo da expectativa de 7,8% dos analistas ouvidos pela Reuters.

“Tivemos uma indicação da desaceleração nos números comerciais da China na semana passada. No entanto, a extensão da desaceleração na produção industrial mais recente e nas vendas de varejo em julho gerou uma fragilidade significativa a empresas ligadas ao ciclo econômico asiático, em especial chinês”, diz Hewson.

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O que impactou principalmente o FTSE 100, em Londres. Porém, ans praças ibéricas das bolsas europeias também pode-se sentir. O PSI 20, em Lisboa, caiu 0,02%, a 5.220,34 pontos, e o IBEX 35, em Madrid, teve queda de 0,81%, a 8.926,60.

Empresas de luxo, como a Burberry (-3,38%), a Kering (-4,68%) e a Louis Vuitton (-2,10%) viram suas ações cair neste pregão.

Mineradoras e petroleiras também sofreram recuo, com os papéis da Rio Tinto (-2,05%), Glencore (-2,12%), Royal Dutch Shell (-2,21%) e BP (-2,41%) fechando em queda.

Na contramão da maioria das empresas listadas em bolsas europeias, a francesa Faurecia, fornecedora de peças para montadoras de automóveis, subiu 12,05%, após anunciar acordo para comprar a rival alemã Hella.

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Com informações de Estadão Conteúdo. 

Monique Lima

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