Bolsas de NY sobem forte, em dia de tombo do petróleo; ADRs brasileiros fecham em alta
As bolsas de Nova York encerraram uma sequência de perdas e fecharam com sólidos ganhos nesta quarta-feira (7), em dia de tombo do petróleo e avaliações do Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) que amenizaram preocupações sobre inflação.
No ajuste de fechamento do mercado, o índice Dow Jones subiu 1,40%, a 31.581,28 pontos; o S&P 500 avançou 1,83%, a 3.979,87 pontos; e o Nasdaq ganhou 2,14%, a 11.791,90 pontos. A ação da Apple (AAPL34) aumentou 0,93%, após a empresa anunciar o lançamento do iPhone 14.
No início do dia, o clima nas bolsas globais era de cautela, depois que dados econômicos na China reforçaram os temores de uma recessão global. As exportações do país cresceram 7,1% na comparação anual de agosto, bem menos que a alta de 18% em julho, segundo informaram autoridades locais.
Os indicadores pressionaram os preços do petróleo, que recuaram aos menores níveis desde o início do ano, abaixo de US$ 90. Como a escalada das commodities energéticas está entre os principais vilões do quadro inflacionário global, a desvalorização do petróleo tende a promover alívio nos preços.
O EWZ, principal ETF de companhias brasileiras em Nova York, avançou 0,96%, para US$ 30,54, em dia de B3 fechada com o feriado de 7 de setembro.
O índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR, com as principais empresas brasileiras da B3 com ações negociados em NY, fechou em alta de 1,16%, cotado aos 17.090 pontos.
Mesmo com o tombo do petróleo, o ADR da Petrobras (PETR4) fechou com ganhos modestos de 0,22%. Com a baixa do petróleo, Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) dispararam 9,83% e 7,65%. A Vale (VALE3) teve alta de 1,07%. O ADR do Itaú (ITUB4) ganhou 1,38%.
Bons resultados das bolsas de Nova York
Nesse clima, Wall Street deixou a aversão ao risco para trás e abriu no azul. Os ganhos se intensificaram após a divulgação do Livro Bege, que destacou que a inflação segue elevada nos EUA, mas que nove dos 12 distritos do país relataram algum nível de moderação no ritmo de aumento dos preços, o que ajudou os resultados das bolsas de Nova York.
O ambiente ameno se manteve nas bolsas americanas mesmo após comentários hawkish de dirigentes do Fed. A presidente da distrital do Fed em Cleveland, Loretta Mester, disse hoje que a instituição terá que elevar os juros “acima de 4%” em 2023 e “mantê-los lá”.
A vice-presidente do Fed, Lael Brainard, e o líder da distrital de Dallas, Michael Barr, também defenderam continuação do aperto monetário.
As bolsas de Nova York responderam bem aos dados divulgados no Livro Bege, que amenizaram os rumores de recessão.
Com informações de Estadão Conteúdo
