Bolsas asiáticas e europeias têm sinais opostos nesta terça-feira; Ibovespa seguirá mercado internacional?

As bolsas asiáticas não tiveram sinal único nesta terça-feira (21). Xangai e Tóquio terminaram bem perto da estabilidade, com leves perdas, mas Seul foi na contramão e subiu.

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Esse cenário pode ter alguma repercussão nas negociações do Ibovespa hoje, que fechou a sessão de segunda-feira (20) em alta de 0,95% aos 125.957,06 pontos.

Entre as bolsas asiáticas, a Bolsa de Xangai fechou em queda de 0,01%, em 3.067,93 pontos, e a de Shenzhen, de menor abrangência, recuou 0,39%, a 2.018,07 pontos. Sinais de apoio oficial ao setor imobiliário não melhoraram o clima geral, e ações ligadas a hardwares e semicondutores pesaram no mercado. Foxconn Industrial Internet caiu 1,0% e Luxshare Precision Industry, 1,4%. Semiconductor Manufacturing International registrou baixa de 0,6%. Já no próprio setor imobiliário, a notícia de que reguladores elaboram uma lista de 50 empresas que podem receber financiamento ajudou: China Vanke subiu 3,0% e Poly Developments & Holdings Group, 1,8%.

Na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei registrou baixa de 0,10%, a 33.354,14 pontos. A força do iene pressionou ações de exportadoras japonesas, mas o movimento foi limitado por ganhos em empresas ligadas a semicondutores, ante nova onda de otimismo com a inteligência artificial. A montadora Mazda Motor caiu 4,5%.

Ainda entre as bolsas asiáticas, o índice Kospi, da Bolsa de Seul, fechou em alta de 0,77%, a 2.510,42 pontos. A bolsa sul-coreana teve demanda forte de investidores estrangeiros e institucionais. Ações de peso, como do setor de eletrônicos, ajudaram a confirmar o movimento. Samsung Electronics subiu 0,1%, SK Hynis teve ganho de 0,5% e LG Energy Solutions, de 0,7%.

Em Hong Kong, o Hang Seng fechou com baixa de 0,25%, em 17.733,89 pontos. O mercado chegou a subir, mas inverteu o sinal, pressionado pelo setor de tecnologia, com Xiaomi e Lenovo em quedas de 4,9% e 3,35%, respectivamente. Já o setor imobiliário avançou, com a perspectiva de apoio chinês. Longfor Group liderou os ganhos, em alta de 4,8%. Em Taiwan, o índice Taiex registrou alta de 1,20%, a 17.416,70 pontos.

Na Oceania, em Sydney, o índice S&P/ASX 200 subiu 0,28%, para 7.078,20 pontos.

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Bolsas da Europa exibem quadro em geral negativo, mas Frankfurt tenta sustentar leve alta

Os mercados europeus tiveram abertura mista nesta terça-feira (21), mas perdiam fôlego nas primeiras horas do pregão, com tom em geral negativo nesta manhã. A exceção é Frankfurt, que tenta se manter com ganhos, em dia de agenda local em geral modesta, mas com declarações previstas da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde.

Confira os índices perto das 8h10 desta terça:

  • Londres (FTSE100): -0,56%
  • Frankfurt (DAX): +0,13%
  • Paris (CAC 40): -0,19%
  • Madrid (Ibex 35): -0,15%
  • Europa (Stoxx 600): -0,04%

A política monetária segue como foco importante. O presidente do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), Andrew Bailey, e dirigentes do BC britânico participam nesta terça de audiência do Tesouro do Reino Unido. Já Lagarde estará em evento na Alemanha. Dirigente do BCE, Isabel Schnabel, discursa no início da tarde. A agenda de indicadores, porém, é fraca, com o Produto Interno Bruto (PIB) da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como destaque.

Em Milão, a ação do Banca Dei Paschi di Siena recuava 6,05%, após o governo italiano anunciar que havia vendido 25% dos papéis do banco ao mercado. O Ministério das Finanças informou em comunicado que, com isso, sua participação na companhia recuou a 39,23%. Vivendi, por outro lado, subia 0,43% em Paris, depois de informar que concluiu transação com a Lagardère. A Vivendi possui agora cerca de 60% do capital acionário desta empresa.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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