Bolsas asiáticas sobem, após Fed considerado ‘dovish’; Europa tem ganhos limitados

As bolsas asiáticas e do Pacífico fecharam majoritariamente em alta nesta quinta-feira (21), um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reafirmar projeção de que cortará juros três vezes este ano e, ao mesmo tempo, deixar suas taxas inalteradas.

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Esse cenário pode influenciar as negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou em 1,25%, aos 129.124,83 pontos.

Na volta de um feriado no Japão, entre as bolsas asiáticas, o índice Nikkei subiu 2,03% em Tóquio, à nova máxima histórica de 40.815,66 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi saltou 2,41% em Seul, a 2.754,86 pontos, o Hang Seng avançou 1,93% em Hong Kong, a 16.863,10 pontos, e o Taiex registrou ganho de 2,10% em Taiwan, a 20.199,09 pontos.

Como era amplamente esperado, o Fed manteve seus juros nos níveis atuais pela quinta vez consecutiva, mas também reiterou previsão de que reduzirá as taxas três vezes este ano, consolidando apostas de que o corte inicial virá em junho. O anúncio do Fed, que foi considerado mais “dovish” (favorável à concessão de estímulos) do que o esperado, levou Wall Street a novas máximas históricas de fechamento ontem.

Ainda entre as bolsas asiáticas, na China continental, porém, os mercados tiveram leves perdas hoje, ignorando não apenas o Fed como também novos sinais de que o PBoC – o BC chinês – planeja flexibilizar sua política monetária. O Xangai Composto caiu 0,08%, a 3.077,11 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto recuou 0,13%, a 1.804,31 pontos. Pesaram nos negócios ações de bens duráveis, caso da Midea (-2,15%), e de telecomunicações, como da China Mobile (-1%).

Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou a euforia com o Fed e teve seu melhor pregão em quase sete semanas. O S&P/ASX 200 avançou 1,12% em Sydney, a 7.782,00 pontos.

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Bolsas da Europa sobem após Fed, mas PMIs mistos e expectativa com BoE limitam ganhos

As bolsas europeias operam em alta na manhã desta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reafirmar projeção para a trajetória dos juros americanos este ano, mas os ganhos são limitados por dados mistos da última rodada de PMIs locais e antes da decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE).

Confira o desempenho dos índices por volta das 08h40:

  • Londres (FTSE100): +1,17% a 7.830 pontos;
  • Frankfurt (DAX): +0,39% a 18.082 pontos;
  • Paris (CAC 40): -0,22% a 8.143 pontos;
  • Madrid (Ibex 35): +0,98% a 10.862 pontos;
  • Europa (Stoxx 50): +0,57% a 5.028 pontos.

Como era amplamente esperado, o Fed manteve seus juros nos níveis atuais pela quinta vez consecutiva, mas também reiterou previsão de que cortará as taxas três vezes este ano, consolidando apostas de que a redução inicial virá em junho. O anúncio do Fed, que foi considerado mais “dovish” (favorável à concessão de estímulos) do que o esperado, levou Wall Street a novas máximas históricas de fechamento ontem.

Na Europa, o BC suíço anunciou mais cedo um inesperado corte em seu juro básico, a 1,5%, tornando-se o primeiro BC de uma economia rica e desenvolvida a relaxar a política monetária desde que a inflação global começou a desacelerar depois de saltar na esteira da pandemia de covid-19. O norueguês Norges Bank, por sua vez, manteve seu juro em 4,5%, como previsto.

Logo mais, às 9h (de Brasília), será a vez de o BoE anunciar decisão de política monetária. A expectativa é que o BC inglês mais uma vez deixe seu juro principal em 5,25%, em uma votação dividida.

Nas últimas horas, aos mercados acionários europeus perderam força gradualmente na esteira de PMIs preliminares da região. O PMI composto da zona do euro subiu para 49,9 em março, se aproximando da marca de 50 que indicaria atividade estável, graças a ajuda do setor de serviços, mas o componente industrial se enfraqueceu. O mesmo aconteceu na Alemanha, a maior economia da Europa. No Reino Unido, por outro lado, a indústria surpreendeu positivamente e os serviços decepcionaram.

Hoje ainda, está previsto levantamento prévio dos PMIs dos EUA.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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