Bolsas asiáticas sobem após recuperação em NY; Europa opera mista com recessão no radar

As bolsas asiáticas e do Pacífico encerraram os negócios desta quinta-feira (15) majoritariamente em alta, depois de Wall Street reverter ontem parte das perdas que havia sofrido um dia antes.

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Esse cenário pode influenciar nas negociações do Ibovespa hoje. Na quarta-feira (14), o índice fechou em queda de 0,79%, aos 127.018,29 pontos.

Nas bolsas asiáticas, em Tóquio, o índice Nikkei subiu 1,21%, a 38.157,94 pontos, renovando máxima em 34 anos, também após dados mostrarem que o Japão entrou em recessão técnica no fim do ano passado, o que reduz as chances de o banco central do país, conhecido como BoJ, apertar sua política monetária.

O Produto Interno Bruto (PIB) japonês encolheu a um ritmo anualizado de 0,4% entre outubro e dezembro, depois de apresentar contração de 2,9% entre julho e setembro. Como resultado, o Japão perdeu a posição de terceira maior economia do mundo para a Alemanha.

Ainda nas bolsas asiáticas, o índice Hang Seng avançou 0,41% em Hong Kong, a 15.944,63 pontos, e o Taiex saltou 3,03% em Taiwan, a 18.644,57 pontos, na volta de um feriado de mais de uma semana.

Na Oceania, a bolsa australiana também ficou no azul, interrompendo uma sequência de três pregões negativos. O S&P/ASX 200 teve alta de 0,77% em Sydney, a 7.605,70 pontos.

Exceção na região asiática, o sul-coreano Kospi caiu 0,25% em Seul, a 2.613,80 pontos.

A predominância do apetite por risco na Ásia e no Pacífico veio após as bolsas de Nova York se recuperarem parcialmente ontem das fortes perdas que haviam amargado no dia anterior, quando dados da inflação ao consumidor (CPI) dos EUA superaram as expectativas.

Na China continental, os mercados seguem fechados devido ao feriado do ano novo lunar.

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Bolsas europeias operam mistas após balanços, recessão britânica e projeções

As bolsas europeias operam sem direção única na manhã desta quinta-feira (15), na esteira de uma série de balanços de pesos-pesados da região, dados mostrando que o Reino Unido entrou em recessão e novas projeções para o crescimento e inflação da zona do euro.

Por volta das 7h15 (de Brasília), o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,59%, a 488,12 pontos.

A última rodada de balanços na Europa ajuda a sustentar o apetite por risco.

Em Paris, a ação da Renault saltava 6,5% no horário acima, após a montadora francesa voltar a lucrar em 2023. Ainda no setor automotivo, a Stellantis teve lucro e receita recordes no ano passado, e seu papel subia 4,5% em Milão. Já o banco alemão Commerzbank superou previsão de lucro trimestral, e sua ação avançava 2,8% em Frankfurt.

A Airbus, por outro lado, decepcionou em lucro e Ebitda ajustado. No mercado francês, a ação da fabricante europeia de aviões tinha baixa de 0,8%.

No âmbito macroeconômico, destaque para o Reino Unido, cujo Produto Interno Bruto (PIB) encolheu pelo segundo trimestre seguido, o que significa que a economia britânica entrou em recessão técnica. No último trimestre de 2023, o PIB britânico teve queda de 0,3% ante os três meses anteriores, contrariando previsão de estabilidade no período.

Embora a notícia seja negativa, a fraqueza da economia do Reino Unido aumenta a possibilidade de que o Banco da Inglaterra (BoE) comece a reduzir juros mais cedo do que se imaginava.

Ainda sobre política monetária, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse mais cedo que o processo de desinflação na zona do euro deverá continuar, mas reiterou que a instituição precisa ter certeza de que conseguirá atingir sua meta de inflação de 2% de forma sustentável.

Há pouco, a União Europeia cortou sua projeção de avanço do PIB da zona do euro em 2024, de 1,2% para 0,8%, mas reduziu também sua expectativa para a inflação do bloco este ano, de 3,2% para 2,7%.

Às 7h28 (de Brasília), a Bolsa de Londres tinha alta marginal de 0,03%, a de Paris avançava 0,80% e a de Frankfurt subia 0,68%. Já a de Milão ganhava 0,85%, enquanto as de Madri e Lisboa caíam 0,05% e 0,01%, respectivamente.

*Com informações da Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Giovanni Porfírio Jacomino

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