Bolsas asiáticas fecham em queda, de olho no Oriente Médio; Europa opera com cautela

As bolsas asiáticas registraram baixas nesta sexta-feira (19). O aparente ataque de Israel ao Irã reforçou a cautela com o quadro geopolítico, mas houve tempo para redução das perdas, diante da avaliação de que o episódio, ao menos por enquanto, parecia limitado.

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Esse cenário pode influenciar as negociações do Ibovespa hoje. Na véspera, o índice fechou praticamente estável, com alta de 0,02%, aos 124.196,18 pontos.

Hoje, na Bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou em queda de 2,66%, em 37.068,35 pontos. A perda diária em pontos foi a maior desde fevereiro de 2021, no maior recuo porcentual do índice desde setembro de 2022. Além disso, havia espaço para a correção, após menos de um mês atrás Tóquio ter atingido máxima histórica. Ainda assim, o Nikkei reduziu perdas vistas nas mínimas intraday de mais cedo.

Na China, a Bolsa de Xangai fechou em baixa de 0,29%, em 3.065,38 pontos, e a de Shenzhen recuou 0,73%, a 1.764,10 pontos. Ações ligadas a serviços de consumo e de companhias de semicondutores puxaram as perdas. Neste caso, influiu o fato de que a TSMC reduziu a perspectiva para o crescimento do setor de chips em 2024, em quadro de demanda mais modesta dos consumidores. Hygon Information Technology caiu 4,8% e NAURA Technology Group, 2,2%. China Tourism Group Duty Free registrou baixa de 5,3%. Já papéis do setor de energia subiram, ante temores sobre a oferta com as tensões no Oriente Médio. PetroChina caiu 2,8% e Cnooc, 3,95%.

O índice Kospi, da Bolsa de Seul, caiu 1,64%, a 2.591,55 pontos. Ações de empresas de semicondutores também estiveram sob pressão nesse mercado. Samsung Electronics caiu 2,5% e a fabricante de chips SK Hynix recuou 4,9%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,99%, em 16.224,14 pontos, com a ação da Li Auto liderando as perdas (-7,4%). Em Taiwan, o Taiex caiu 3,81%, a 19.527,12 pontos.

Na Oceania, o índice S&P/ASX 200 caiu 0,98% na Bolsa de Sydney, a 7.567,30 pontos. O mercado australiano teve a pior semana desde setembro, com recuo semanal de 2,8%, em quadro de menor expectativa por cortes de juros e crescentes temores ante o conflito no Oriente Médio. Houve ainda redução nas perdas no dia, mas todos os 11 setores terminaram com baixa, com os setor financeiro exibindo perda de pouco mais de 1%.

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Bolsas da Europa têm baixa com cautela por guerra

Os mercados acionários europeus exibem sinal negativo nesta manhã. O ataque que, segundo fontes, Israel realizou em Isfahan, no Irã, reforçava a cautela com tensões no Oriente Médio, mas a avaliação em geral é de que a ação foi contida, enquanto Teerã sinaliza que não planeja retaliação, ao menos de imediato. Além disso, investidores avaliam indicadores da região.

Confira o desempenho dos índices por volta das 08h30:

  • Londres (FTSE100): -0,56% a 7.833 pontos
  • Frankfurt (DAX): -0,67% a 17.731 pontos
  • Paris (CAC 40): -0,22% a 8.005 pontos
  • Madrid (Ibex 35): -0,56% a 10.705 pontos
  • Europa (Stoxx 50): -0,38% a 4.919 pontos

Algumas companhias aéreas da Europa informavam sobre mudanças em rotas de voos, após o aparente ataque israelense. A KLM disse que suspenderia voos a Tel-Aviv até o dia 22. A empresa é parte do grupo Air-France KLM, que tinha baixa de 0,61% em Paris. A própria Air France disse que monitorava o quadro, mas por enquanto não havia alterado rotas.

O setor de energia também seguia como foco, mas os ganhos de mais cedo do petróleo com a notícia do ataque eram em grande medida agora revertidos. Entre petroleiras, BP operava em baixa de 0,72% em Londres, Total Energias perdia 1,12% em Paris e Eni caía 0,79% em Milão.

Na agenda de indicadores, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da Alemanha recuou 2,9% em março, na comparação anual, quando analistas ouvidos pela FactSet previam baixa de 3,0%. A Reuters ainda reportou, a partir de fonte, que o governo da Alemanha elevaria levemente a projeção de crescimento do país neste ano e cortaria a de inflação, em suas projeções atualizadas que saem na próxima semana.

No Reino Unido, as vendas no varejo ficaram estagnadas em março ante fevereiro, enquanto analistas projetavam alta de 0,5%.

*Com informações de Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo

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Redação Suno Notícias

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