Bolsa atinge 3,2 milhões de CPFs e vê alinhamento com longo prazo

A Bolsa de Valores de São Paulo (B3) informou nesta segunda-feira (14) que o número de investidores pessoa física no Brasil chegou a 3,2 milhões em outubro deste ano. Do total, cerca de 2 milhões chegaram à Bolsa entre abril de 2019 e abril de 2020.

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Segundo os dados da pesquisa publicadas pela B3, o perfil médio desses novos investidores da Bolsa é de uma pessoa jovem, sem filhos, com renda média mensal de até R$ 5 mil e com trabalho integral.

Além disso, o detalhe do sexo também chama a atenção. Apesar de 74% dos investidores ainda serem homens, o número de mulheres na B3 cresceu cerca de 350% nos últimos anos, passando de 179.392 em 2018 para 809.533 em 2020.

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Com a popularização dos investimentos, o montante inicial também caiu. Dados da pesquisa mostram que, nos últimos dois anos, o valor do primeiro investimento na B3 passou de R$ 1.916 para R$ 660.

“[O resultado] é só o começo da maratona. Ainda temos desafios de aprendizado, mas as pessoas estão buscando investimentos como uma jornada de aprendizado”, disse Felipe Paiva, diretor de relacionamento com clientes da B3.

Longo prazo veio pra ficar na Bolsa

O sobe e desce natural da Bolsa, agora, assusta menos. Segundo a pesquisa, 64% afirmam que resgatariam os valores investidos na bolsa apenas se precisassem do dinheiro. Além disso, a queda na rentabilidade dos ativos seria o motivo para sacar o valor para apenas 28% dos saques.

“Um legado importante para o investidor é que a volatilidade deixou de ser vista como algo ruim, que assusta, que bota medo. Na medida em que ele se educa e vivencia grandes oscilações, compreende que volatilidade faz parte da dinâmica do mercado e é também uma oportunidade, dependendo da estratégia de investimentos“, disse Paiva.

Segundo o diretor de relacionamento com clientes da B3, a decisão de manter o investimento mesmo com alta volatilidade mostra que a mentalidade do longo prazo cresce entre os novos investidores da B3.

“O pensamento de médio e longo prazo já faz parte da mentalidade de boa parte dessa nova safra que começa a investir. A decisão de resgatar os investimentos fica muito mais atrelada à liquidez (‘eu preciso do dinheiro agora para alguma emergência’) do que à volatilidade (‘vou resgatar porque o mercado está em baixa’)”, afirma, em nota, Felipe Paiva.

Para o executivo da B3, a mentalidade do longo prazo para o investidor só é possível com a educação financeira.

“A educação e a busca por mais informações sobre os produtos leva à diversificação, o conhecimento do investidor sobre o perfil dele e do seu apetite para o risco. Esse dado de manutenção das posições e contas mesmo nos períodos mais críticos de volatilidade comprova que não é uma questão pontual. É uma mudança de mentalidade que está se consolidando entre os jovens brasileiros e, por isso, uma mudança geracional na forma de investir no País”, disse Paiva sobre a Bolsa.

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Vinicius Pereira

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