Para BCE, planos para recuperação na UE apresentados até agora são encorajadores

A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, considerou “encorajadores” os planos de recuperação apresentados até agora à Comissão Europeia pelos países da União Europeia. “Todas as maiores economias estão planejando dedicar ao menos 20% de seus gastos em digitalização e cerca de 40% em transição energética e infraestrutura verde”, apontou.

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Ela se referia à iniciativa Nova Geração UE, de 750 bilhões de euros, para ajudar os países da região da moeda comum a lidar com a pandemia.

Para a autoridade, o tamanho, a estrutura e o financiamento por meio de emissão de dívida comum europeia são divisores de água nessa iniciativa.

Lagarde falou na cerimônia em Paris na qual recebeu o Prêmio Turgot, que homenageia figuras de destaque na economia. Ela não tratou muito do quadro atual da zona do euro, concentrando-se em boa medida em uma reflexão sobre crise anteriores.

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Segundo ela, esses episódios mostraram a importância de uma “regulação financeira eficaz para o crescimento sustentável”, bem como de um compromisso digno de crédito em momentos de grande incerteza e de um alinhamento adequado nas políticas.

Para a presidente do BCE, que já ocupou o posto de diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), a “fragilidade intrínseca da zona do euro tem declinado”. Segundo ela, o continente tem mostrado que “agirá junto e adotará ação decisiva quando necessário”.

BCE aponta riscos elevados à estabilidade financeira na zona do euro

Vale lembrar que no último mês, o BCE avaliou que os riscos à estabilidade de empresas, bancos e mercados financeiros da zona do euro permanecem “elevados”, devido ao impacto desigual da pandemia de covid-19 na região, e alerta que a eventual retirada de medidas de alívio pode levar a um salto no número de falências.

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Segundo a autoridade monetária, existe um “aglomerado de riscos em alguns setores e países”, e empresas do setor de serviços, que foram mais atingidas pela pandemia, se endividaram e ficaram mais vulneráveis a uma situação de fraqueza econômica prolongada.

“Um aumento de falências corporativas poderá ter impacto nas famílias por meio da perspectiva de emprego, o que até agora foi evitado por medidas de apoio”, disse o BCE em sua Revisão de Estabilidade Financeira, relatório semestral divulgado nesta semana.

No documento, o BCE prevê que medidas de alívio implementadas por governos da zona do euro deverão continuar sustentando a recuperação econômica, mas recomenda iniciativas mais direcionadas e maior foco nos setores mais prejudicados pela covid-19, especialmente o de serviços.

Com informações do Estadão Conteúdo

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Rafaela La Regina

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