Entenda por que o BB-BI reduziu o preço-alvo das ações do Grupo Mateus (GMAT3)
O BB Investimentos reduziu o preço-alvo para as ações do Grupo Mateus (GMAT3) em um novo relatório divulgado nesta segunda-feira (24). O documento atualiza o valuation da varejista após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre de 2025, incluindo a revisão contábil da companhia e o desempenho mais fraco em vendas.
Segundo o relatório, assinado pela analista Andréa Aznar, a casa passou a estimar preço-alvo de R$ 9 para o fim de 2026, ante R$ 10,40 anteriormente. O BB destacou que revisou o valuation “para incorporar os resultados apresentados pela companhia até o 3T25, bem como o atual cenário macroeconômico”. A recomendação de compra foi mantida.
Entre os principais destaques, o BB citou a forte queda dos papéis no ano, os impactos da revisão contábil dos estoques e do CMV, o desempenho misto do período e o início da consolidação da joint venture com o Novo Atacarejo. O relatório também apontou projeção de crescimento tímido de receita, mas com expectativa de ganho gradual de margens.
Apesar na redução do preço-alvo, vale a pena investir em Grupo Mateus (GMAT3)?
O BB ressaltou que as ações do Grupo Mateus acumulam queda superior a 20% em 2025 até o dia 21 de novembro. O documento relembra que o movimento foi intensificado após a divulgação do balanço do terceiro trimestre, quando a companhia informou ajustes decorrentes de revisão em sua política contábil.
O segmento também registrou reação negativa do mercado no dia seguinte à divulgação, com recuo de 10,3%. O BB alertou que as mudanças contábeis permanecem como um ponto de atenção, pois geram insegurança quanto à divulgação de novos ajustes no futuro.
O trimestre marcou ainda a entrada dos números da joint venture com o Novo Atacarejo, adquirida em 1º de julho. A união ampliou a presença da companhia nos estados de Pernambuco, Paraíba e Alagoas. O relatório destacou ainda o lançamento da Mateus Foodservice, criada para atender empresas de alimentação fora do lar e ampliar os canais de relacionamento.
Sobre o desempenho operacional, o BB avaliou que o 3T25 foi misto. “Houve melhoria no ciclo de caixa e na rentabilidade, mas com vendas mesmas lojas abaixo do esperado”, destaca o relatório. Apesar disso, a alavancagem permaneceu em níveis considerados saudáveis, com dívida líquida sobre EBITDA de 0,51 vez.
Para os próximos trimestres, a instituição espera um crescimento de receita tímido para o Grupo Mateus (GMAT3), mas com aumento gradual de margens, apoiado por um cenário macro mais favorável em 2026. Com isso, a recomendação de compra foi mantida. O potencial de valorização calculado pelo BB é de 80,7% frente ao fechamento da última sexta-feira (21).