Banco Mundial sugere suspensão de dívidas de países mais pobres

O Banco Mundial informou nessa segunda-feira (13) que os credores bilaterais oficiais apresentam uma grande disposição para cessar a dívida dos países mais pobres a partir de 1 de maio, para que esses possam focar em enfrentar a nova pandemia causada pelo coronavírus (covid-19).

O diretor executivo do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, afirmou à Reuters que “todo mundo entende que precisamos ajudar os países mais pobres. Existe uma enorme disposição – ninguém está questionando isso, absolutamente ninguém”. “Acho que estamos em um bom lugar para avançar”.

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Ademais, a proposta que sugere que a China e outros credores suspendam temporariamente o pagamento das dívidas para países da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), que representam cerca de um quarto da população mundial e aproximadamente dois terços da população que vive em extrema pobreza no mundo.

A dívida bilateral oficial desses países chega a US$ 14 bilhões (cerca de R$ 70 bilhões). Também, a Instituição e o FMI informaram no dia 25 de março ocorreu o primeiro pedido de suspensão da dívida.

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Além disso, Trotsenburg salientou que o G20 e o G7 estão de acordo com a solicitação do banco e do Fundo Monetário Internacional (FMI). e indicou que é necessário que credores comerciais também apoiem a medida.

Trotsenburg  indicou “este é um problema global que afeta a todos”. “Isso significa que toda instituição tem a obrigação de se mobilizar da melhor maneira possível e fazê-lo de forma rápida”.

Banco Mundial projeta retração de 5% no PIB brasileiro em 2020

O Banco Mundial publicou no último domingo (12) um relatório sobre “A economia nos tempos da Covid-19 (novo coronavírus)”, no qual a instituição prevê uma retração de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2020.

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A retração é um pouco mais acentuada quando comparada com o recuo médio de 4,6% da América Latina e Caribe. Para o crescimento econômico brasileiro em 2021 e 2022, o banco prevê avanços de 1,5% e 2,3%, respectivamente. A instituição estima que para os países da região enfrentarão também uma crise em razão do coronavírus, exceto a Guiana, que crescerá, e a República Dominicana, que permanecerá estável.

O impacto da pandemia na região será seguido por uma recuperação com crescimento de 2,6% em 2021 e em 2022.

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“Os governos da América Latina e do Caribe enfrentam o enorme desafio de proteger vidas e ao mesmo tempo limitar o impacto das consequências econômicas. Isso exigirá políticas coerentes e direcionadas em uma escala raramente vista antes”, disse o economista-chefe do Banco Mundial para a região, Martín Rama.

Por fim, o Banco Mundial informou que há uma necessidade de que esses países apoiem, por meio de políticas de assistência social, a população mais vulnerável.

Laura Moutinho

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