Banco Inter (INBR31) tem queda forte em estreia de ações na Nasdaq

Após deixar a B3 (B3SA3), as ações do Banco Inter (INBR31) estrearam em queda forte nos Estados Unidos nesta quinta-feira (23).

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Os papéis do Banco Inter são listados como INTR na Nasdaq. Caíram 12,56%, a US$ 3,48.

Também nesta quinta-feira, haverá a entrega das ações Classe A da Inter&Co para os acionistas que solicitaram a ‘conversão’ dos BDRs.

Os BDRs do Banco Inter, por sua vez, estão disponíveis desde a segunda (20), conforme reportado pelo Suno Notícias. Os BDRs fecharam em alta de 1,92%, a R$ 21,20 no dia, mas, desde a estreia, caem 7,6%. Nesta quinta, fecharam em queda de 7,96%, negociadas a R$ 17,93.

A migração para a Nasdaq faz parte da reorganização societária, aprovada nas últimas semanas em assembleia.

Para cada seis ações preferenciais do Inter ou seis ordinárias, o acionista recebeu um BDR. Para cada duas units, também foi entregue um BDR.

Lembrando que, quem não escolheu se queria o dinheiro (opção de cash-out) ou o BDR, acabou por receber o BDR do Inter – e teve até ontem às 13h para pedir a conversão do ativo em uma ação dos EUA.

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Conforme estabelecido nos documentos arquivados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o acionista pôde escolher entre ‘sacar’ o dinheiro que era das suas ações e receber BDRs para substituir os papéis que detinha e, agora, foram deslistados para a migração para a Nasdaq.

Vale lembrar que, para a conversão dos BDRs, o acionista deve ter uma conta válida junto a uma corretora de valores nos Estados Unidos para poder destinar as ações que serão ‘trocadas’ pelos BDRs.

Entenda a saída do Inter da bolsa

O Banco Inter havia retomado recentemente os planos de sair da bolsa brasileira – com aval dos acionistas em assembleia. Em 2021 o banco tentou migrar para a Nasdaq, mas sem sucesso.

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Nesta assembleia mais recente, a maioria (mais de 85%) dos acionistas do Banco Inter optou pela listagem na Nasdaq, incluindo uma reorganização societária para a holding Inter&Co – nome da companhia que será listada em Wall Street.

“A migração das ações para a Nasdaq vai fortalecer nosso posicionamento como uma empresa de tecnologia global, além de nos dar acesso ao mercado de capitais mais maduro do mundo e abrir fontes de receitas à medida em que a empresa continuar seu sólido ritmo de crescimento”, disse João Vitor Menin, CEO do Inter.

O executivo frisa o movimento pois, além de a bolsa americana oferecer algumas vantagens – como captações em dólar e um eventual carrego cambial -, a estratégia do Inter também visa replicar seu modelo de negócio internacionalmente.

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Sobre a holding e o resultado da reorganização, Bruno Bandiera e Eduardo Nishio, analistas da Genial Investimentos, explicam que a reorganização societária propõe a incorporação de todas as ações de emissão do Inter por sua controlada, a Inter Holding Financeira, com a inclusão dos acionistas do Inter.

“A operação possibilitará ao Banco Inter levantar capital mantendo a estrutura de controle. Após a reorganização, serão emitidas dois tipos de ações listadas nos EUA. As classe A, que serão o lastro dos BDRs, vão conferir ao detentor 1 voto por ação. As classe B, resguardadas aos acionistas controladores do Inter, vão conferir 10 votos por ação”, explicam.

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Eduardo Vargas

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