Banco do Brasil (BBAS3) e Caixa reduzem juros em linhas de crédito após queda da Selic

O Banco do Brasil (BBAS3) e a Caixa Econômica Federal anunciaram uma redução nos juros em algumas linhas de crédito para pessoa física e jurídica, logo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar uma redução de 0,5 ponto percentual na Selic.

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No caso do Banco do Brasil (BBAS3), as novas taxas de juros estarão disponíveis para os clientes a partir de sexta-feira (4). Na pessoa física, o banco informou que os juros caíram nas linhas de crédito consignado, automático, salário, benefício, renovação e 13º salário.

A instituição reduziu os juros do consignado do INSS de 1,81% ao mês para 1,77% ao mês, na faixa mínima, e de 1,95% ao mês para 1,89% ao mês no patamar máximo.

Já na pessoa jurídica, houve reduções no desconto de títulos, capital de giro, conta garantida e outros produtos. De acordo com o Banco do Brasil, as reduções variam de acordo com o relacionamento com os clientes.

Segundo Taciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil, a queda da taxa de juros no país está apoiada em condições positivas, construídas ao longo de todo o primeiro semestre deste ano.

“Elas possibilitam crédito mais barato para as famílias e para as empresas – especialmente as MPE [micro e pequenas empresas] – o que nos permite vislumbrar perspectivas de ainda maior dinamismo da economia, com mais crescimento e geração de emprego”, disse.

Caixa também anuncia redução de juros

A Caixa Econômica Federal também anunciou redução nas taxas de juros do crédito consignado para beneficiários e pensionistas do INSS, que passa de 1,74% ao mês para a partir de 1,70%, representando uma redução total de 2,3%.

Para a presidenta da Caixa, Rita Serrano, a redução nas taxas de juros do consignado é o início de um processo para oferecer preços mais justos na concessão do crédito, promovendo a democratização do acesso aos recursos bancários.

“A medida contribui com a organização das finanças dos clientes, em conjunto com as atuais ações vigentes do banco de negociação de dívidas, e para o crescimento da economia do país. Vamos proporcionar aos nossos clientes taxas justas e adequadas à realidade do país, de desenvolvimento e crescimento”, afirma.

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Copom reduz taxa Selic em 0,50 p.p, para 13,25% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, anunciou o primeiro corte da taxa Selic desde agosto de 2020. A taxa caiu de 13,75% para ao ano para 13,25%, na quinta reunião do ano nesta quarta-feira (2). A decisão não foi unânime.

Selic estava estacionada em 13,75% havia um ano. Era unânime no mercado financeiro a aposta em corte dos juros nesta reunião do Copom, com dúvidas sobre o ritmo de queda. Economistas avaliavam que existiam razões para justificar tanto uma baixa de 0,25 ponto porcentual quanto de 0,50 ponto.

O comunicado do comitê do BC diz que o “Copom avalia que a melhora do quadro inflacionário com queda das expectativas de inflação para prazos mais longos permitiram flexibilização do ciclo.”

O texto acrescenta ao falar sobre o corte da Selic: ”Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.”

O Copom pondera, dizendo que “a conjuntura atual é de processo desinflacionário que tende a ser mais lento”. Diz ainda que “expectativas com reancoragem parcial demandam serenidade e moderação da política monetária”. E complementa: “A magnitude do ciclo dependerá das expectativas de inflação, em especial as de maior prazo. Horizonte relevante inclui 2024 e, em menor grau, 2025.”

O ciclo de cortes da taxa de juros vai depender, ainda, “da dinâmica da inflação e dependerá em especial de componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade”.

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Giovanni Porfírio Jacomino

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