Banco do Brasil (BBAS3) pagará ainda mais dividendos? Veja análises

Mesmo após uma valorização de 37% nas ações em 2022, analistas seguem recomendando as ações do Banco do Brasil (BBBAS3) em relatórios e carteiras de dividendos, estimando um aumento dos proventos nos próximos trimestres.

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Em revisão recente, por exemplo, a XP Investimentos estimou que os dividendos do Banco do Brasil devem representar um dividend yield (DY) de 10% em 2023 e 8,5% até o fim de 2022.

Além disso, mesmo que se trate de uma estatal e as eleições estejam perto de ocorrer, alguns analistas ainda veem potencial de retorno para os papéis BBAS3.

“Embora as eleições presidenciais estejam próximas e isso possa trazer mais volatilidade, reiteramos nossa recomendação de compra nas ações do Banco do Brasil”, disse o BTG Pactual.

A Warren também mantém as ações do Banco do Brasil em sua carteira de dividendos recomendada para setembro, com alocação de 15% – além da alocação de 10% em BBAS3 na sua carteira de top picks.

Como comparativo, na sua carteira de dividendos a Warren mantém os mesmos 15% de alocação para outros players que pagam altos proventos, como a Petrobras (PETR4).

O Santander também reitera otimismo com a empresa e espera um dividend yield ainda maior do que a XP até o fim de 2022, de 9,5%.

Para a casa, os papéis do banco são os melhores do momento dentre pagadoras de dividendos.

“Além de possuir um dos maiores yields nas projeções para 2022 da nossa cobertura, o BB deverá manter uma boa lucratividade ao longo de 2022, caminhando para entregar o topo do guidance”, dizem os analistas da corretora.

Indicadores atuais do BBAS3

Dados do Status Invest atualizados em 08/09/2022

O guidance atual do Banco do Brasil, vale lembrar, estima um lucro líquido cerca de R$ 30 bilhões no acumulado de 2022.

As estimativas anteriores eram de R$ 23 bilhões a R$ 26 bilhões de lucro em 2022, mas foram atualizadas após o último balanço trimestral do banco.

Em relatório, a XP também destacou a elevação do guidance como um ponto positivo para o banco.

“Apesar do crescimento robusto da carteira de crédito nos últimos trimestres e do incremento marginal da inadimplência para 2% as provisões aumentaram levemente no período e levaram seu índice de cobertura a cair para 271% (ainda a mais alta do setor)”, dizem os analistas da XP.

“A combinação de um NII mais forte e menor custo de crédito elevou seu lucro líquido recorrente para R$ 7,8 bilhões. Isso implica um ROAE [Retorno sobre patrimônio médio] de 20,6%, um incremento considerável de +2,5 pontos percentuais no comparativo trimestral e +6,1 pontos percentuais no comparativo anual”, seguem.

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Otimismo com Banco do Brasil

A tese de aumento de dividendos por parte do banco, vale lembrar, é reiterada por analistas há meses.

Ainda em junho, conforme reportado pelo Suno Notícias, analistas classificavam o banco – na cotação da época – como ‘barato demais para ser ignorado’ e como o rei dos dividendos dentre as empresas da bolsa.

“O Banco do Brasil era negociado a 0,45x preço versus valor patrimonial, ante 0,7x hoje. Mas o BB tinha crescido muito mais do que seus pares privados nos 5 anos anteriores, apesar de uma economia em deterioração”, disse o BTG, à época.

“O capital principal era muito inferior ao dos pares privados, e a taxa Selic não só estava mais alta do que está agora, mas com fortes indícios de que poderia aumentar ainda mais, o que significa um custo de capital próprio muito mais alto também”, completaram os analistas da casa sobre o Banco do Brasil.

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Eduardo Vargas

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