Grana na conta

Banco do Brasil (BBAS3) derrete 9% e puxa queda de estatais após ‘caso Roberto Jefferson’

O Banco do Brasil (BBAS3) figura como a maior queda do Ibovespa nesta segunda-feira (24), desabando 9%, em um dia negativo para o mercado brasileiro com o aumento da tensão política a poucos dias do segundo turno das eleições. O índice cai 3,2% ao passo que o dólar sobe 2,1% – desacelerando uma alta de 2,7% mais cedo.

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As ações do Banco do Brasil ‘puxam’ uma queda especialmente das estatais, que também têm grande relevância no índice. A Petrobras (PETR4) cai cerca de 7,8%, considerando as ações ordinárias.

Os papéis da bolsa reagem aos episódios de domingo (23), em que o deputado federal Roberto Jefferson (PTB) entrou em conflito armado com policiais federais que estavam em sua casa para executar um mandado de prisão.

Na ponta positiva, uma fatia relevante das poucas altas da sessão são de empresas dolarizadas, favorecidas pela depreciação do real ante o dólar. Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) sobem 3,2% e 1,3%, respectivamente.

Entenda o caso Roberto Jefferson, que afeta o Ibovespa hoje

Na ocasião, o parlamentar teve sua prisão domiciliar revogada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Jefferson, segundo o magistrado, descumpriu ordens judiciais ao postar conteúdo em suas redes sociais.

Na ocasião, Jefferson teceu ofensas à ministra Cármen Lúcia, do STF, e a ex-ministra e apoiadora do candidato Lula (PT). Moraes, então revogou sua prisão, implicando em uma ida de agentes federais à casa de Roberto Jefferson.

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O parlamentar alegou que ‘iria reagir’ às ordens para prendê-lo, e posteriormente trocou tiros e arremessou granadas contra os policiais. Após horas de negociação, foi preso.

Com o cenário, iniciou-se uma crise política.

Posteriormente, o candidato Jair Bolsonaro (PL), que era aliado Jefferson há meses, disse que a atitude tomada pelo mesmo ‘dispensava tratamento de bandido’.

Desempenho de Banco do Brasil

Os papéis do Banco estatal, assim como os da Petrobras, subiram vertiginosamente nas últimas semanas, com o cenário eleitoral. No caso da petroleira, foram 12,9% de alta no acumulado dos pregões da última semana.

Os papéis do Banco do Brasil também subiram no período, com 13,7% de alta na semana anterior.

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Eduardo Vargas

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